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Fernández é eleito presidente na Argentina; no Uruguai, haverá segundo turno.

Ontem foi um domingo relevante para a política latino-americana. Dois países fronteiriços tiveram suas eleições presidenciais ontem. Num deles, o presidente foi eleito em primeiro turno. Noutro, haverá segundo turno.

Iniciando pela Argentina, Alberto Fernández está eleito presidente com 48,1% dos votos e mais de 12.400.000 votos. Isto porque, na legislação argentina, o candidato que ultrapassar 45% dos votos está eleito. Se a regra eleitoral fosse similar à brasileira que dá vitória no primeiro turno somente ao que ultrapassa 50% haveria segundo turno entre Fernández e Macri.

O presidente Mauricio Macri obteve 40% dos votos. Mais de 10 milhões. Mostrou um crescimento significativo em comparação às primárias e mostrou também equívoco das pesquisas que colocavam-no com 32% das intenções de voto e Fernández com 55%.

Sem dúvidas, o cenário das primárias com fortes indícios de fraude, como publicamos aqui em primeira mão naquela ocasião, contribuiu muito para o resultado final.

Vale destacar que a estratégia da Frente de Todos de não lançar Cristina Kirchner, mas colocá-la como vice e Fernández como candidato deu resultado. Sem Cristina em evidência, a forte rejeição que a ex-presidente e vice-presidente eleita possui acabou parando na blindagem da candidatura de Fernández.

A eleição de um grupo político que governou mal a Argentina e provocou a grave crise que Macri não conseguiu resolver por falta de incisividade, embora tenha conseguido lograr alguns êxitos, não é inédita na história do país. Dá mais resultado na Argentina ser um presidente irresponsável e deixar ruínas do que tentar arrumar a casa. Daqui quatro anos, vamos ver onde estará a Argentina.

Já no Uruguai, haverá segundo turno entre Daniel Martínez da Frente Ampla, governista, e Lacalle Pou, do Partido Nacional. Martínez obteve 38% dos votos ante 28% de Lacalle, que já recebeu o apoio de Ernesto Talvi, terceiro colocado com 12% dos votos e Guido Manini Ríos, quarto colocado com 10% dos votos.

Se houver transferência exata desses votos, Lacalle já teria 50%. A união de partidos, que não é característica da política uruguaia, dessa vez deve ser a condutora da campanha e do virtual governo do favorito Lacalle Pou.

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