Milionária é presa suspeita de coordenar assassinato de morador de Alphaville
Os policiais suspeitaram do comportamento de Anne e de Carlos
Agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Homicídios (DHPP) prenderam a empresária Anne Cipriano Frigo e o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, suspeitos pelo envolvimento no assassinato do namorado de Frigo, o agente de segurança Vitor Lúcio Jacinto de Souza.
Segundo a Polícia Civil, o cadáver da vítima de 42 anos, foi encontrado às margens da represa Guarapiranga, na capital paulista, parcialmente carbonizado, no dia 18 de junho, porém, teria sido assassinado no dia 16 de junho. O companheiro da empresária era morador de um condomínio de luxo, do bairro Alphaville, em Santana de Parnaíba. Na necropsia, foi encontrada ainda uma marca de tiro em seu peito.
Entenda o crime
De acordo com a Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a motivação do crime foi passional. Anne havia descoberto que Vitor Lúcio a traía com outras mulheres. Ela dava presentes caros ao companheiro, como carros de luxo, além de manter o aluguel da residência onde ele vivia.
Anne é suspeita de oferecer R$ 200 mil para o corretor de imóveis matar o segurança. Carlos conhecia e possuía amizade com o casal. O dinheiro, segundo Carlos, não teria sido pago. A empresária contestou, dizendo ter feito a transferência.
Segundo a Polícia Civil, o corretor contou que atraiu a vítima com a desculpa de conhecer um terreno e o buscou em um carro modelo Audi, pertencente à amiga. Durante o trajeto pela rodovia Castello Branco, Carlos efetuou um disparo de arma de fogo, atingindo Vitor na lateral das costas. O corpo foi levado até às margens da represa, que fica próximo à residência do suspeito. Lá, abandonou o cadáver, tendo antes coberto o corpo com um tipo de plástico e ateado fogo nas extremidades, pretendendo assim, prejudicar sua identificação pela impressão digital.
Com a localização do corpo da vítima, o DHHP iniciou as investigações. Os policiais suspeitaram do comportamento de Anne e de Carlos. O telefone do segurança ainda estaria sendo utilizado, mesmo depois de seu desaparecimento. Alguém enviava mensagens para outras pessoas como sendo o segurança, para tentar ludibriar a polícia, e criar um álibi.
Os suspeitos foram confrontados e o corretor confessou que havia sido contratado pela empresária para matar seu namorado. Com isso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, para apreender armas e aparelhos telefônicos, além do estojo da munição que matou a vítima, localizado no veículo usado no crime.
Após os trâmites legais, ambos investigados foram transferidos para a carceragem. Anne está detida na carceragem do 89º Distrito Policial (DP), no Portal do Morumbi, zona Sul de São Paulo, em uma cela destinada às presas com curso superior. Os presos deverão permanecer à disposição da Justiça, até o término do prazo da prisão temporária, que expira em 30 dias, período em que investigações prosseguirão.
Fonte: Jornal A Cidade