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Poeta iletrado do sertão pernambucano é personagem central de documentário

Por Eduardo Silva

“Quando uma pandemia atinge o mundo, o melhor lugar para se estar é fora do mundo. “São com essas palavras que o documentário “Pedro Tenório de Lima e a enxada de um poeta iletrado”, de 2021, começa. O filme se passa em Itapetim, município no sertão de Pernambuco, e foi roteirizado, dirigido e editado pelo jornalista e cineasta Jefferson Sousa, 27.
“Há centenas de poetas como Pedro Tenório por Itapetim, mas poucos se reconhecem como artistas, já que fazer poesia por lá é algo totalmente comum e está presente em todos os espaços”, conta Sousa, destacando a geografia cultural da região. “A poesia é parnasiana, toda metrificada, uma oralidade herdada pela cantoria de viola”, diz. Por ter começado a trabalhar desde a infância, o agricultor Tenório, hoje com 75 anos, não se alfabetizou, mas compôs uma lista de poesias autorais que são recitadas ao longo de 22 minutos de filme. Os versos também abordam a pandemia do novo coronavírus, a morte e a esperança pela cura….

Eu vejo uma doença brava queimando a língua e os dentes. Quando nasce uma criança, seu corpo já é doente. E o cemitério é pequeno para enterrar muita gente. / Tá morrendo muita gente, vá vendo, Frei Damião. Morre sem levar tapa, sem levar um empurrão. Quem quiser ganhar dinheiro, aprenda a fazer caixão.
Pedro Tenório narra no documentário…

Poeta iletrado do sertão pernambucano é personagem central de documentário
Pedro Tenório de Lima em cena do documentário “Pedro Tenório de Lima e a enxada de um poeta iletrado” – Divulgação
Pedro Tenório de Lima em cena do documentário “Pedro Tenório de Lima e a enxada de um poeta iletrado”


Imagem: Divulgação
Eduardo Silva.

” Pedro Tenório de Lima e a enxada de um poeta iletrado”, de 2021, começa.
O filme se passa em Itapetim, município no sertão de Pernambuco, e foi roteirizado, dirigido e editado pelo jornalista e cineasta Jefferson Sousa, 27.

“Há centenas de poetas como Pedro Tenório por Itapetim, mas poucos se reconhecem como artistas, já que fazer poesia por lá é algo totalmente comum e está presente em todos os espaços”, conta Sousa, destacando a geografia cultural da região. “A poesia é parnasiana, toda metrificada, uma oralidade herdada pela cantoria de viola”, diz.

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