PANDORA ENCONTRADA! Choro e desmaio
Veja o reencontro da família com a cachorra Pandora em Guarulhos, na Grande SP
O reencontro da família do garçom Reinaldo Júnior e da cachorra Pandora, que estava desaparecida havia 45 dias em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi registrado neste domingo (30) pelas voluntárias que estavam ajudando nas buscas pelo animal desde dezembro. Pandora desapareceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
No vídeo, a mãe do garçom, dona Terezinha Branco Bezerra, chega a ter um leve desmaio ao abraçar e perceber que de fato encontrou Pandora no Terminal 3 do mesmo aeroporto.
Terezinha e as duas amigas, Márcia Chagas e Fátima Barbosa, foram as primeiras a chegarem no aeroporto, após terem sido acionadas pelo eletricista Victor Leonardo Marques, que encontrou o animal embaixo de uma ponte do Terminal 3 do aeroporto neste domingo (30).
Ao chegar ao local, Terezinha e as amigas comemoram o reencontro e agradeceram Victor Leonardo por ter localizado o animal tão procurado.
“Não acredito! Vitor, obrigado por ligar no meu telefone. Meu Deus do céu! Minha menina! Achamos, não acredito”, disse a voluntária Márcia Chagas.
Sem poder falar, dona Terezinha só abraça e beija o animal. Ele tinha chegado em São Paulo no dia anterior, vinda de Recife, em Pernambuco, para auxiliar o filho nas buscas pela cadelinha.
O dono do animal, Reinaldo Júnior, estava dormindo no momento que a família foi acionada. Segundo a mãe, ele tinha passado a madrugada distribuindo panfletos com imagens da cachorra, em uma campanha que começou no primeiro dia do sumiço do animal.
Após o reencontro emocionado, as três amigas foram ao local onde o garçom estava hospedado para fazer o tão aguardado encontro dos dois.
Na rua mesmo, Reinaldo Júnior abraçou o animal e ficou emocionado e sem palavras para descrever o momento.
“Sempre acreditei que a reencontraria. É um dia muito especial”, disse Reinaldo Júnior.
“Eu estava indo embora e, no caminho, como eu estava de viatura, deu pra ver que ela estava debaixo da ponte do Terminal 3. Reconheci e pedi para o motorista voltar. Aí falei com ela pela grade para tentar acalmá-la. Ela estava muito fraquinha e, conforme fui chegando perto dela, ela foi andando devagarinho pra outra lado. Nisso já tínhamos ligado para a Fátima e a Márcia, que falaram com a Terezinha”, contou o eletricista que encontrou Pandora.
“Ela ainda passou por baixo da cerca e foi para a parte de dentro do aeroporto. Acho que ela esse tempo todo estava transitando nessa região. Quando a mãe do Reinaldo chegou, eu ergui a grade e ela se espremeu para passar, entrou e pegou a cachorrinha no colo”, completou Victor Leonardo.
Em entrevista ao g1, Reinaldo Júnior disse que Pandora estava muito debilitada e foi a um hospital veterinário de São Bernardo do Campo, na Grande SP, para fazer uma bateria de exames.
“Ela está muito magra. Está desnutrida, debilitada, e eu também estou que nem ela. Não tenho nem o que falar, o importante é que achamos”. A declaração foi feita momentos depois de abraçar a cachorra.
Reinaldo cancelou uma viagem para a Suíça, onde iria trabalhar de chapeiro com um primo, para procurar a cachorrinha desaparecida.
Desaparecimento
A cachorrinha vira-lata viajava entre os aeroportos do Recife e de Navegantes, em Santa Catarina, no compartimento de carga de um avião da Gol, em 15 de dezembro de 2021. Ela se perdeu durante uma conexão. Reinaldo estava viajando para Santa Catarina, onde passaria algum tempo antes de embarcar pra a Suíça. No país europeu, ele tinha uma promessa de emprego, que, segundo ele, não existe mais.
“Eu perdi tudo. Perdi minha cachorra, meu emprego, minha viagem e 16 quilos nessa busca por Pandora. Ela ficou debilitada de um lado e eu do outro. Mas o importante é que ela está de volta comigo”, declarou Reinaldo.
Empresa responsável pelo transporte de Reinaldo e de Pandora, a Gol disse que a cachorra destruiu a caixa em que estava, que era adequada para o transporte de animais do porte dela. Segundo Reinaldo, no entanto, não há sinais de defeito no compartimento.
Imagens de câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que Pandora caminha sozinha pelo terminal, antes de desaparecer.
“Minha conversa com a Gol, agora, é via advogados. Quando eu estava procurando Pandora eles só me ignoravam. Ali era o momento para conversa. Agora, não”, disse Reinaldo.
Falta de Apoio
O advogado Leandro Petraglia, um dos representantes dos tutores de Pandora, disse que a companhia aérea não deu apoio nas buscas, bem como a concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
“Não podíamos entrar no aeroporto para fazer as buscas. No dia 3, a Gol, que estava custeando a estadia deles enquanto durassem as buscas, expulsou Reinaldo e Terezinha do hotel. No dia 6 de janeiro, conseguimos na Justiça a permissão para adentrar e o direito de permanecer por mais um mês no hotel”, afirmou o advogado.
Leandro Petraglia disse, ainda, que pretende ingressar na Justiça com uma ação de reparação de danos morais e materiais, devido ao impacto emocional e financeiro da busca por Pandora, bem como pelo estado em que a cachorra foi encontrada.
“A Gol dizia que estava ajudando, com esforços, mas em nenhum momento vimos nada específico para as buscas. Reinaldo e Terezinha é que saíam todos os dias para procurar e panfletar”, declarou.
O g1 entrou em contato com a Gol para saber o posicionamento da empresa aérea, mas não obteve o retorno até a última atualização desta reportagem.
Fonte: JACidade