Acolhimento de servidores do Hospital de Retaguarda encerra Setembro Amarelo
O cuidado com a saúde mental é o ponto de partida para a Campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de alertar sobre índices de suicídios e mobilizar ações preventivas. Sabendo dessa importância, a equipe do Hospital de Retaguarda do Jardim Paulista, entre os dias 26 e 30 de setembro, criou um espaço de acolhimento, escuta e reflexão sobre o tema para os colaboradores da unidade de Saúde.
Na ação “Falar é o melhor remédio”, conduzida pela Coordenação de Enfermagem e a equipe do Serviço Social, um painel com mensagens bem-humoradas e ao mesmo tempo reflexivas foi montado para abordar sobre as doenças emocionais e a importância de falar sobre elas.
“A ideia é perceber até que ponto está tudo bem ou quando é preciso pedir ajuda, e sobre a importância de olhar para si mesmo e para o colega”, conta a assistente social Danila Martins.
Acolher quem cuida
Os funcionários do Hospital de Retaguarda do Jardim Paulista desempenham um papel que vai além do cuidado em saúde. Trata-se de profissionais que oferecem um atendimento humanizado, muito importante no processo de recuperação do paciente. De acordo com a assistente social Cleo J. Marques, desta vez foram esses trabalhadores que tiveram a oportunidade de receber esse importante acolhimento.
“Esse cuidado com os colaboradores é importante para mantermos a essência do trabalho e continuar com padrão de humanização ao paciente”, ressaltou assistente social, que também conduziu as rodas de conversas.
A enfermeira assistencial Iraildes Paixão de Souza participou de um dos encontros e lembra o quanto o período da pandemia foi difícil e o quão essencial é ter um espaço de escuta.
“É como se fosse um espaço para terapia e as assistentes sociais sempre arrumam uma forma de cuidar de todos nós. No período de pandemia tivemos muitas perdas, foi muito traumático, e esses encontros nos fortalecem. É uma oportunidade também de a gente aprender a observar o colega e incentivá-lo a buscar ajuda profissional se for preciso. Todos os funcionários se envolvem, é uma forma muito especial de nos acolher”, conta a enfermeira.
Amparo para os familiares
No evento também houve a preocupação de acolher os familiares dos pacientes internados. Segundo Danila, são pessoas que, em sua grande parte, estão sempre em posição de cuidadores e precisam ser cuidadas.
“Foi uma forma de olharmos para as famílias dos pacientes acamados que precisam desse cuidado. Na ação, essas pessoas puderam falar sobre o quanto o ato de cuidar do outro pode ser pesado e que com o amparo emocional e a ajuda psiquiátrica conseguiram vencer a depressão”, relatou Danila Martins.
Fonte: Portal Barueri