Cerveja fake: 28 dos 31 presos em fábrica clandestina são liberados
São Paulo — A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória a 28 dos 31 presos suspeitos de adulterar cervejas de marcas famosas em uma fábrica clandestina após audiência de custódia realizada nessa sexta-feira (19/1). Outros três suspeitos tiveram as prisões em flagrante convertidas para preventiva.
A fábrica localizada no bairro Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, foi fechada pela Polícia Civil na noite da última quinta-feira (18). A quadrilha vendia cervejas de qualidade inferior e trocava os rótulos e tampinhas por outras de marcas líderes, como “Original”, “Brahma”, “Skol” e “Antártica” (veja pelo link abaixo).
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Os 28 beneficiados com a liberdade provisória tiveram de pagar fiança de 2 salários mínimos cada, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo. Além disso, terão de cumprir medidas cautelares, como comparecer em juízo para justificar atividades e não podem deixar a comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação.
Polícia descobre fábrica
Os policiais foram acionados por vendedores do Bom Retiro, na região central de São Paulo. Eles suspeitaram do valor de cerveja vendida por homens que transportavam a bebida em um caminhão. Os comerciantes, então, chamaram a polícia porque acharam que a carga era roubada.
A partir da denúncia, a Polícia Civil passou a monitorar o caminhão e seguiu o veículo até um galpão que funcionava 24 horas no Jardim Ângela. No local havia grande movimentação de pessoas e alguns homens foram vistos lavando e fechando as garrafas de cerveja com uma prensa, o que motivou a entrada dos policiais.
Assim que viram os policiais, os suspeitos tentaram fugir, mas foram abordados.
Durante a fiscalização na fábrica clandestina, além da adulteração dos rótulos de garrafas, foram localizados prensa, cola e apetrechos para a colocação das tampas. Havia apenas um tipo de cerveja, de qualidade inferior, com diversos rótulos e tampas de marcas famosas do mercado. No total, 683 caixas com 24 espaçamentos contendo garrafas cheias foram apreendidas.
Foram presas 31 pessoas, com idades entre 18 e 51 anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os suspeitos foram encaminhados ao 2° DP (Bom Retiro), onde o caso foi registrado como associação criminosa e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.
Fonte: Metrópoles