Educação de Barueri realiza parceria para garantir aprendizagem e bem-estar de crianças autistas
A Secretaria de Educação de Barueri, em parceria com o Instituto Farol, realizou mais uma etapa do projeto piloto que visa garantir o bem-estar e o desenvolvimento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa está sendo implementada pelo Departamento de Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Professores, gestores e pais de crianças autistas das maternais Maria Dolores Zendron, do Engenho Novo, e Matilde Abreu de Moraes, da Vila Barros, participaram de um curso sobre gestão comportamental e abordagens práticas por intermédio do Modelo Denver de intervenção.
Uma equipe de profissionais do Instituto Farol, referência no Brasil nesta área, ministrou palestras e oficinas práticas para cerca de 50 profissionais e pais das duas maternais que abrigam o programa piloto.
De acordo com a secretária de Educação, Flávia Moreno, a implementação deste modelo, o mais avançado do mundo no desenvolvimento de crianças autistas, nas escolas da rede de Barueri é um grande sonho “que começa a ser realizado”.
Segundo Edinizis Belusi, fonoaudióloga supervisora do Instituto Farol, a ideia é atualizar profissionais, pais e familiares de crianças com TEA sobre as melhores práticas internacionais em termos de gestão de comportamentos inadequados e o passo a passo para implementar uma gestão de comportamentos eficaz.
A proposta é que que os professores e terapeutas ocupacionais das crianças consigam proporcionar uma oportunidade de aprendizagem a cada 10 segundos. Essa intensidade tem o objetivo de diminuir uma cascata de prejuízos e cessar os atrasos no desenvolvimento de competências como a cognição, linguagem, interação social, motricidade e outras. Um dos motivos da discrepância em relação à eficácia do modelo deve-se à intensidade e consistência.
Sobre o Modelo Denver
QVisa a intervenção precoce, trata-se de um método criado nos EUA há algumas décadas e há pouco tempo no Brasil. O que preconiza esse modelo é o diagnóstico precoce e o rápido tratamento a fim de potencializar o desenvolvimento infantil, baseando-se sempre no que é natural. Os aspectos a serem trabalhados obedecem ao ciclo de desenvolvimento da criança no suporte à socialização e na minimização de sintomas como dificuldades de interação, problemas cognitivos da fala e da coordenação motora, além de muitos outros.