Câncer de pulmão: 10 sintomas e como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico precoce do câncer de pulmão é crucial para o tratamento da doença e aumenta a chance de sobrevivência do paciente. O exame deve ser realizado após a percepção dos sintomas, que são diversos. Veja os 10 principais abaixo:
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo, atrás apenas do câncer de mama
Fatores de risco
O tabagismo é o principal fator de risco, responsável por cerca de 85% dos casos. A mortalidade causada pela doença é alta, ocupando o primeiro lugar entre os homens e o segundo entre as mulheres, de acordo com a OMS.
“Vale lembrar também que o tabagismo está diretamente relacionado ao câncer de bexiga, mama, boca, laringe, esôfago, estômago, dentre outros”, ressalta Juliano Dazzi Rigoni, oncologista clínico do grupo Oncoclínicas e especialista em cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal.
Além do cigarro, outros fatores são riscos para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Rigoni explica que os mais comuns são:
Poluição;
Radiação;
Exposição a agentes carcinogênicos no ambiente de trabalho, como asbesto, arsênico, cádmio;
Exposição a solventes, como formol e benzeno;
Exposição prolongada à fumaça (churrasqueiras, fogões à lenha, queimadas.. ).
A menor parte dos casos tem ligação com causas genéticas.
Sintomas
Em entrevista à Itatiaia, a Dra. Michelle Andreata, médica pneumologista da Saúde no Lar, listou os principais sintomas da doença e métodos diagnósticos.
Os sintomas mais comuns incluem tosse com sangue, falta de ar, cansaço excessivo, chiado e dor no peito.
“O paciente pode ter também rouquidão, perda de peso inexplicada, inchaço da face e do pescoço, dificuldade de engolir e dor no ombro, pescoço ou braço”, acrescentou a Dra. Michelle Andreata.
A persistência da tosse é um dos principais indicativos e serve de alerta para o paciente.
“Uma tosse persistente ou que piora com o tempo pode ser um sinal de câncer de pulmão porque os tumores podem irritar as vias respiratórias ou bloquear o fluxo de ar nos pulmões”, disse a médica.
Juliano Dazzi Rigoni, oncologista clínico do grupo Oncoclínicas, chama atenção também para o ‘pigarro’, como e popularmente conhecida a tosse com secreção. Ele pode ser indicativo de problemas, assim como as infecções repiratórias recorrentes.
“O mais importante é buscar atendimento médico se apresentar algum sintoma novo ou sintoma persistente”, ressalta Rigoni.
A dra. Michelle Andreata afirma que a evolução do tumor pode provocar sintomas mais graves, como dor torácica persistente, falta de ar intensa e síndromes específicas (como as síndromes de Horner, da veia cava superior e paraneoplásicas).
Veja os 10 principais sintomas do câncer de pulmão:
Tosse persistente
Tosse com sangue
Falta de ar
Cansaço excessivo
Chiado e dor no peito
Rouquidão
Perda de peso inexplicada
Inchaço da face e do pescoço
Dificuldade de engolir
Dor no ombro, pescoço ou braço
Diagnóstico precoce
Dra. Michelle Andreata afirma que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e a sobrevivência do paciente.
Os principais métodos incluem exames de imagem, broncoscopia, mediastinoscopia, ultrassonografia endoscópica, toracoscopia, citologia da expectoração e biópsia por agulha.
A escolha do exame depende da localização da lesão e do tipo de informação requerida.
“Isso permite a identificação e o tratamento do câncer em um estágio mais inicial, quando é mais provável de ser curável”, explicou a Dra. Michelle.
Apesar dos fumantes serem mais suscetíveis à doença, eles não são o único grupo de risco e alerta para os diferentes fatores envolvidos na doença.
“É importante conscientizar não fumantes sobre o risco de câncer de pulmão, pois eles também podem desenvolver a doença devido a fatores como exposição ao radônio, poluição do ar e genética”, explica a pneumologista.
“Isso enfatiza a necessidade de diagnóstico e triagem precoce, independentemente do histórico de tabagismo”, destaca Dra. Michelle.
Os fatores de risco para a doença incluem tabagismo, exposição ao fumo passivo, radiação, exposição ocupacional a substâncias tóxicas, poluição do ar, histórico familiar de câncer de pulmão, doenças pulmonares e idade avançada.
Novas tecnologias
As novas tecnologias, como tomografia por emissão de pósitrons (PET) e ressonância magnética, trouxeram avanços significativos no diagnóstico da doença.
De acordo com a Dra. Michelle Andreata, esses métodos melhoraram “a precisão e a rapidez dos diagnósticos ao permitir uma visualização mais detalhada dos tumores e sua possível disseminação”.
Ela afirma que a avaliação genética também desempenha um papel importante ao identificar mutações específicas que influenciam as opções de tratamento, incluindo terapias direcionadas para cada paciente.
Após o diagnóstico, os médicos fazem um procedimento conhecido como “estadiamento” para determinar o estágio do câncer e o tratamento a ser seguido – como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
“O estadiamento é determinado através de exames adicionais após o diagnóstico para avaliar a extensão da doença dentro e fora dos pulmões”, destacou a médica.
“O estágio do câncer influencia a escolha das opções de tratamento e as perspectivas de recuperação”, completa.
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Fonte:itatiaia