Barueri

Barueri celebra o Dia Nacional de Enfrentamento da Mortalidade Materna com vitórias

Na próxima terça-feira, dia 28 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Enfrentamento da Mortalidade Materna, uma data de reflexão e ação a favor da saúde das mães de todo o país. Em Barueri, a atuação ativa e dedicada do Comitê de Mortalidade Materna, que existe desde 2001, é de importância fundamental tanto para a promoção da saúde das mulheres que se tornam mães quanto para a redução dos índices de mortalidade relacionados à gestação e ao parto.  

Esse Comitê vem sendo um agente incansável na defesa da saúde das gestantes, promovendo ações preventivas, educativas e de acompanhamento para garantir uma gravidez segura e um parto sem complicações. Através de uma abordagem integrada e multidisciplinar, seus representantes trabalham em estreita colaboração com profissionais de saúde, gestores públicos e a comunidade local para identificar fatores de risco, implementar medidas preventivas e oferecer suporte adequado às gestantes e puérperas.  

Baixos índices 
No município, a redução da mortalidade materna é uma meta prioritária alinhada com as recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU), que preconiza menos de 70 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos. De acordo com os dados disponíveis, o índice de mortalidade materna na cidade no ano 2023 foi de 39,3 por 100.000 nascidos vivos, o que corresponde a dois óbitos.  

Desde 2018 até o momento, o município registrou um total de 10 óbitos maternos. As causas dessas mortes são diversas e incluem degeneração gordurosa do fígado, pré-eclâmpsia, abdome agudo, septicemia, infecção do trato urinário, Covid-19, embolia pulmonar, choque hipovolêmico e síndrome do desconforto respiratório do adulto. Essa variedade de causas indica a complexidade dos desafios enfrentados pelas mulheres durante a gravidez e do parto, destacando a necessidade de intervenções abrangentes. 

Neste dia 28 de maio, o Comitê de Mortalidade Materna de Barueri reforça o seu compromisso em continuar lutando pela garantia do direito à saúde materna de qualidade para todas as mulheres do município. A assistência em saúde para essas mulheres integra, além das consultas ginecológicas de rotina, o pré-natal de baixo e de alto risco, exames de prevenção como Papanicolau, ultrassonografia, mamografia, exames de imagem e laboratoriais e cirurgias ginecológicas.  

Na rede municipal, a gestante conta ainda com todo o aparato e a estrutura tecnológica do Hospital Municipal Francisco Moran (HMB) para os casos mais graves e o Centro de Diagnósticos, com tecnologias das mais avançadas para cuidar da saúde da mulher. 

Medidas de enfrentamento na cidade 
Para que o número de óbitos maternos caísse ao longo dos anos, Barueri implementou uma série de medidas e estabeleceu estruturas de apoio específicas. Entre elas, destaca-se: 

  1. A criação do Comitê de Sífilis Congênita, composto por profissionais da Atenção Básica, Maternidade Municipal Central, maternidade do Hospital Municipal de Barueri (apenas para alto risco), Serviço de Assistência Especializada (SAE) e Vigilância, responsável pela discussão de casos e pelo planejamento de ações para prevenir e controlar a sífilis congênita, uma das causas de mortalidade materna; 
  2. A implementação do tratamento supervisionado para infecções do trato urinário (ITU). Isso inclui o uso de antibióticos de monodose, bem como tratamentos para vaginoses e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), tratamentos esses oferecidos tanto para as mulheres quanto para seus parceiros, garantindo uma abordagem abrangente para a saúde sexual e reprodutiva; 
  3. O Pré-Natal do homem/parceiro na Atenção Básica em saúde, promovendo prevenção, autocuidado e adoção de estilos de vida saudáveis. Envolver o parceiro no pré-natal reduz disparidades de gênero, oferece suporte emocional à gestante, promove a paternidade responsável e contribui para uma gravidez mais saudável; 
  4. Planejamento familiar como parte integrante dos serviços de saúde materna possibilita reduzir significativamente a incidência de gestações não planejadas e, consequentemente, a mortalidade materna associada a complicações durante a gravidez e o parto; 
  5. A ampliação da oferta de exames que avaliam a vitalidade fetal, como o doppler fetal e o perfil biofísico fetal para todas as pacientes a partir do terceiro trimestre de gestação. Esses exames são fundamentais para monitorar a saúde do feto e identificar precocemente possíveis complicações que possam ameaçar a vida da mãe ou do bebê.  

Além de tudo isso, é enfatizada a importância da atenção primária à saúde, com serviços de qualidade disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e prontos-socorros (PS). O diagnóstico precoce e o tratamento adequado de complicações durante a gravidez e o parto são essenciais para evitar fatalidades maternas. 

Fonte:Portal Barueri

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