O valor do tempo perdido
Entrei na casa da minha mãe depois de um longo dia de trabalho. Tinha prometido visitá-la mais vezes, mas as ocupações sempre pareciam atrapalhar.
- Olá, mãe, como estás? — Eu disse enquanto deixava minhas coisas na entrada.
- Ai, filho, que surpresa ver-te — respondeu ela com um sorriso que não conseguia esconder a sua solidão. Estava a preparar a tua comida favorita.
- Desculpe, mãe, mas não posso ficar muito tempo. Tenho uma reunião cedo amanhã e preciso de descansar.
- Eu compreendo, filho. Só queria passar um tempo contigo. Faz tanto tempo que não falamos.
- Eu sei, mãe, mas o trabalho é muito exigente. Prometo que da próxima vez fico mais tempo.
- Claro, filho. Eu compreendo. Demora o tempo que quiseres.
Deixei-a lá, com a mesa posta e o seu olhar triste. Não sabia que essa seria a última vez que a veria viva. Na manhã seguinte, recebi um telefonema da minha irmã. Mamãe faleceu durante a noite.
Voltei para casa e encontrei seu quarto cheio de memórias. Fotografias da nossa infância, cartas que nunca cheguei a ler. Senti um peso insuportável de culpa e tristeza. Tinha perdido a oportunidade de estar com ela nos seus últimos momentos, de lhe mostrar o amor e a gratidão que ela merecia.
Reflexão:
O tempo que passamos com nossos entes queridos é insubstituível. Não permita que ocupações e desculpas te afastem deles. Promessas não cumpridas e visitas adiadas podem se transformar em arrependimentos que carregaremos para sempre. Valorize cada momento, cada conversa, cada risada compartilhada. Porque quando eles se vão, tudo o que resta são as memórias e a dor do que poderia ter sido.
Estamos proibidos de falhar na vida sentimental