Eleições 2024: O Poder Paralelo de Olho nas Prefeituras
Com a proximidade das eleições municipais de 2024, o que vemos nas manchetes é alarmante: o avanço do crime organizado nas esferas do poder público. O fenômeno é preocupante, pois o crime está se moldando para agir de dentro do Estado, controlando prefeituras e secretarias. O enraizamento do poder paralelo nas repartições públicas é uma realidade que ameaça à democracia e a segurança da população.
Casos recentes mostraram tentativas de infiltração em diversas instituições, incluindo o próprio Ministério Público, com pessoas ligadas a organizações criminosas buscando cargos por meio de concursos públicos. Este cenário ganha contornos ainda mais críticos nas eleições municipais, onde o controle local e a proximidade com a população tornam as prefeituras alvos fáceis.
As cidades da Região Oeste de São Paulo, que fazem parte do CIOESTE (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo), estão entre as que mais devem se preocupar com essa ameaça. Imagine o impacto de representantes do crime organizado infiltrados em um consórcio que reúne prefeitos de uma região tão estratégica? O poder local pode ser usado para facilitar o controle de territórios, redirecionar recursos públicos e fortalecer o crime organizado.
A responsabilidade, agora, recai sobre o eleitor. A cada ciclo eleitoral, é imperativo que a população esteja vigilante. Os eleitores precisam estar atentos ao currículo e à vida pregressa dos candidatos que pretendem representá-los. Afinal, a trajetória de um político é o reflexo de seu caráter, e, muitas vezes, o passado traz pistas sobre as verdadeiras intenções por trás de suas candidaturas.
Embora o certo e o errado coexistam em nossa sociedade, cabe aos cidadãos de bem fazerem sua parte para garantir que as trevas não ofusquem a luz. São Paulo, assim como outras grandes cidades do país, tem enfrentado constantes escândalos envolvendo o crime organizado em esquemas de corrupção e controle de negócios ilícitos. Este ciclo precisa ser quebrado.
Se continuarmos omissos, fechando os olhos e “varrendo a sujeira para debaixo do tapete”, estaremos abrindo as portas para que o crime organizado tome ainda mais poder. E a consequência disso é um Estado fragilizado, onde a lei perde força, e quem paga a conta é o cidadão comum.
A eleição de 2024 não será apenas mais uma escolha de prefeitos e vereadores. Será uma batalha entre a luz da democracia e as trevas do poder paralelo. E os eleitores terão nas mãos a responsabilidade de impedir que essa sombra avance ainda mais sobre o nosso futuro.
Fonte:Jornal Impacto Cotia