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‘A vida é feita de escolhas. E eu hoje escolhi sair’, afirma ex-ministro Nelson Teich

Um dia antes de completar um mês no cargo e em meio à explosão de casos e mortes pela epidemia do coronavírus no país, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou nesta sexta-feira (15), em pronunciamento no Ministério da Saúde, que “escolheu” deixar a pasta.

Ele fez a afirmação durante um rápido pronunciamento no auditório do ministério ao lado do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, e de técnicos da pasta. O ex-ministro não explicou o motivo que o levou a tomar a decisão.

Até esta sexta-feira (15), segundo levantamento exclusivo do G1 junto às secretarias estaduais de saúde, o Brasil acumulava 14.455 mortes provocadas pela covid-19 e 212.198 casos confirmados da doença.

Teich disse que não aceitou o convite para ser ministro em razão do cargo. “Eu aceitei porque achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”, afirmou.

Pela manhã, ele teve um encontro com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Em seguida, a assessoria da pasta anunciou a demissão. É a 11ª mudança em ministérios em pouco mais de 14 meses de governo.

Ao deixar o auditório do Ministério da Saúde logo após após o pronunciamento, sem dar entrevista, o ex-ministro foi questionado se o motivo da saída era a insistência do presidente Jair Bolsonaro em relação ao uso da cloroquina como medicamento a ser adotado logo no início dos sintomas da covid-19, doença provocada pelo coronavírus. Teich não respondeu.

Em sua fala, o ex-ministro agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade de ter comandado o ministério e elogiou a dedicação da equipe que trabalhou com ele.

“Eu agradeço ao presidente a oportunidade que me deu de fazer parte do Ministério da Saúde. Isso era uma coisa muito importante para mim. Seria muito ruim não poder atuar no ministério pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu nasci graças ao serviço público, minhas escolas foram públicas, minha faculdade foi pública, residências públicas”, declarou.

Ele disse que deixou pronto para governadores e secretários estaduais um plano de combate ao coronavírus. Segundo o ministro, um programa de testagem também está pronto para ser aplicado.

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