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Final feliz: Após 18 dias internada por Covid-19, idosa de 72 anos recebe alta

Em meio a tanta tensão e tristeza por causa da pandemia por coronavírus, a equipe do Pronto-Atendimento Vanderson César de Almeida, do Jardim Paulista, em Barueri, vivenciou um momento de grande alegria que renovou as esperanças de todos. Na sexta-feira (dia 15), a comerciante Maria Oliveira de Lima, de 72 anos, internada há 18 dias com Covid-19 (desde 27 de abril) – o maior tempo de internação desde que o PA se tornou hospital de campanha do novo coronavírus até agora – recebeu alta.

“Quero agradecer vocês, pelos seres humanos que vocês são. Cuidaram de mim com carinho, eu estou viva porque tem Deus e tem vocês pra salvar as pessoas. Eu sou grata por tudo e assim que eu estiver bem venho visitar vocês”, declarou dona Maria durante a despedida (CLIQUE AQUI e AQUI para ver os vídeos que a equipe fez desse momento).

A saída da paciente foi marcada por festa e muita emoção, tanto pela equipe quanto pela filha, Maria das Graças de Oliveira Silva – a Graça -, que acompanhou a mãe e acabou também contraindo a doença. “Foi um processo muito torturante, de muita tensão, incerteza, porque a minha mãe ficou com 75% dos pulmões comprometidos. Eles fizeram todos os procedimentos possíveis com o maior amor e carinho, mas ela não apresentava melhoras”, relata a filha, que não precisou de internação, mas recebeu todo o atendimento necessário para se recuperar também da doença.

Dona Maria, idosa, diabética e cardiopata, passou por momentos bastante complicados durante esse período no Pronto-Atendimento. Ela não reagia ao tratamento e a possibilidade de intubação crescia cada vez mais, o que a equipe fez de tudo para evitar, considerando os riscos que tal medida poderia trazer à paciente.

“Depois de muito empenho de todos, de um cuidado extremo, a doutora Elenice veio com os olhos brilhando e disse: ‘tenho uma boa notícia pra você: o pulmão da sua mãe começou a limpar devagarinho”. Foi uma grande alegria pra mim”, relembra Graça. “Graças a Deus e àquela equipe maravilhosa a minha mãe está muito bem”, comemora.

Graça expressa sua gratidão por todos que compõem o PA. “Desde a faxineira, a equipe médica, de enfermagem, a segurança, todos, eles formam uma equipe muito especial”. E complementa: “sempre fui recebida com muito carinho naquele PA. A retaguarda que eu tive lá não teria em lugar nenhum”, garante.

Com uma “forte corrente de orações e esses anjos de branco”, como ressalta Maria das Graças, dona Maria está se recuperando bem em casa e em completo isolamento. Bastante ativa, logo estará trabalhando e cuidando de seu pai, um idoso de 102 anos igualmente cheio de vida, como ela sempre fez.

“Não é brincadeira”
A atitude displicente e até de descrença de muitas pessoas com relação à pandemia deixa Maria das Graças entristecida e preocupada, principalmente após sentir na pele o que é passar por isso, quase perder alguém que ama e testemunhar a luta dos profissionais de saúde. “Muitos desacreditam, acham que é brincadeira, mas não é brincadeira. Nós vivemos um momento de muita incerteza, é um monstro invisível. Infelizmente o que eu vi no hospital, a quantidade de gente chegando só foi aumentando muito. As pessoas não estão levando a sério e, com isso ainda vai aumentar muito o índice de mortes”, lamenta ela.

Aquele sopro de esperança
A assistente social do Pronto-Atendimento do Jardim Paulista, Danila Martins Martelli, conta que reviravoltas como a de dona Maria trazem aquele sopro de esperança que faz toda a equipe se reanimar e se fortalecer para seguir nessa luta. “Os casos de óbitos só aumentam em todo o país e infelizmente aqui em Barueri não está sendo diferente, e diante de tantas notícias tristes precisamos enaltecer que há pessoas sendo curadas, se recuperando, retornando aos seus lares, no convívio familiar, e foi com muita alegria que celebramos a alta hospitalar da dona Maria”, diz Danila.

“Ela foi, até o momento, a paciente que permaneceu mais tempo internada conosco, então decidimos preparar uma saída especial, celebrar a superação e nova oportunidade de vida.  Para a equipe penso que fica a sensação de dever cumprido. Foi um presente para todos, entendemos o quanto o trabalho de todos os profissionais e colaboradores é importante para o resultado final”, conta a assistente social.

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