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Mourão diz que, ‘se tiver grandeza moral’, Gilmar Mendes corrigirá fala sobre exército e genocídio

 O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (14) que, se “tiver grandeza moral” o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “corrige” a declaração de que o Exército se associou a um “genocídio” na gestão da pandemia do novo coronavírus.

Mourão deu a declaração ao ser questionado se Gilmar Mendes deveria se desculpar pela fala, feita durante uma transmissão pela internet no sábado (11). O ministro criticou a presença de militares da ativa no Ministério da Saúde, como o general Eduardo Pazuello, que responde de forma interina pela pasta desde maio e levou nomes do Exército para o órgão.

A declaração do ministro do STF recebeu críticas do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Em nota, a Defesa repudiou as afirmações e informou que enviaria uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do STF.

Nesta terça, Gilmar Mendes divulgou uma nota para explicar a declaração. Ele esclareceu que respeita as Forças Armadas, mas que não cabe a elas formular políticas públicas de saúde, ainda mais em um momento de pandemia.

Questionado sobre a nota, Mourão afirmou que Mendes deveria admitir que usou um “termo forte” ao usar a palavra genocídio. Indagado se o ministro deveria se ele desculpar, o vice-presidente disse que a correção mostraria “grandeza moral” do ministro.

“É do foro íntimo dele [se desculpar]. Se ele tiver grandeza moral, ele fará isso, corrige o que falou”, disse.

“A nota não tem nada a ver. É muito simples, ele chega e diz assim: olha, eu usei um termo forte para me referir ao papel que o ministro Pazuello está realizando aí no Ministério da Saúde, pronto, acabou, encerra o assunto”, acrescentou

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