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OMS fala em queda do vírus em áreas do Brasil e controle no mundo em 2 anos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a tendência da covid-19 no Brasil é de “estabilização” ou de “queda” em certas regiões. Mas alerta que, com números ainda elevados de mortes e com certas zonas ainda apontando para altas, o país ainda tem “muito a fazer” para conseguir caminhar para uma situação de controle. No mundo, a estimativa é de que a doença possa estar sob controle em “menos de dois anos”.



Em resposta à coluna, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, indicou nesta sexta-feira em coletiva de imprensa em Genebra que a “situação se estabilizou” no Brasil e que a pressão sobre UTIs seria menor.

Ele reconhece que, em alguns pontos do país, a transmissão continua a ampliar de forma preocupante. Mas que, em geral, há uma “tendência de queda”.

“A situação no Brasil de uma certa forma se estabilizou em termos de número de infecções detectada por semana”, disse. “Certamente as UTIs estão sob uma pressão menor do que estavam antes. Quando olhamos para as incidências pelas regiões, a taxa de transmissão foi reduzida e a aceleração dos casos se estabilizou”, apontou o irlandês.

“Mas há um número elevado de casos, entre 50 mil e 60 mil por dia e um número elevado de mortes”, alertou. Ryan elogiou os trabalhadores do setor da saúde e das comunidades no país para tentar estabilizar a situação.

“A questão é: isso é uma pausa? Pode ser mantida? Há uma queda? Há uma clara tendência de queda em muitas regiões. Mas há locais onde está muito presente e instável em sua transmissão”, insistiu.

Para ele, o Brasil em um “período difícil”. “Estamos num momento em que as coisas podem parecer melhor. Mas agora exige uma dedicada e forte estratégia para levar transmissão para baixo”, destacou.

“O país é grande e há áreas que experimentam altas. Mas, de uma forma geral, há tendência de estabilidade ou de queda. Isso precisa continuar”, destacou.



“Há muito a fazer”, insistiu, apontando para uma taxa ainda elevada de testes positivos no país. “Mas o padrão está claro. A questão é se pode ser mantido numa tendência de queda nas próximas semanas”, afirmou.

Para ele, um êxito no controle da doença no Brasil seria uma vitória para o mundo, já que o país foi um dos que mais contribuiu para os elevados números mundiais. “O sucesso para o Brasil é o sucesso para o mundo”, declarou Ryan.

Segundo o diretor da OMS, países com grandes populações têm um impacto grande no número global. “Se países como o Brasil, EUA e Índia controlam a doença, contribuem para o mundo”, disse. “O impacto é global”.

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