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São Paulo decide retomar aulas presenciais ainda em 2020

O prefeito Bruno Covas (PSDB) já decidiu que as aulas na capital devem voltar ainda este ano e não serão adiadas para 2021, como fizeram cidades da região metropolitana. Segundo fontes da Prefeitura, ele deve anunciar nesta quinta-feira, 17, que escolas poderão começar com atividades extra-curriculares em outubro. A volta às aulas, de fato, vai ser reavaliada e possivelmente deve ocorrer no início de novembro.

O adiamento para 2021 tem sido criticado por especialistas em educação que enumeram os prejuízos de falta de escola para crianças e adolescentes, como nutricionais, emocionais, além da aprendizagem. Escolas particulares têm montado protocolos sanitários com imenso esforço de logística e com altos custos e temiam justamente que nada pudesse ser colocado em prática ainda este ano.

Por outro lado, professores da rede municipal e estadual são contra a volta este ano e ameaçam greve porque temem a contaminação pelo coronavírus. A decisão de retonar com atividades extra-curriculares no dia 7 de outubro vai permitir que escola públicas e privadas ofereçam inglês, aulas de esportes, recreação, desde que de acordo com os protocolos sanitários de distanciamento e higiene.

Até a semana passada, havia a discussão na Prefeitura de que as aulas na capital pudessem ficar para 2021, mas as pastas da saúde e da educação acabaram concordando que essa decisão não seria a mais adequada. O governo de São Paulo já autorizou a volta às aulas em 7 de outubro no Estado todo, mas os prefeitos têm autonomia para decidir em cada cidade.

Covas deve anunciar nesta quinta-feira também o resultado do novo inquérito sorológico feito com crianças da rede pública e privada. O último indicou que 16,1% têm anticorpos para o novo coronavírus. Do total, 64,4% são assintomáticos para a covid-19, dado que preocupou a gestão pela possibilidade de disseminação. Por causa disso, o prefeito não autorizou a volta em setembro, como previa também o Estado, para atividade de reforço. A decisão foi criticada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEEESP), que entrou na Justiça para contestá-la.

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