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Atleta de Barueri  13 anos brilha no Mundial da Gymnasiade

Na última semana, o Rio de Janeiro voltou a sediar, depois de 10 anos, a Gymnasiade,  que reuniu mais de 2 mil estudantes atletas da categoria sub-15 de 46 países de todos os continentes. O Breaking, nova modalidade olímpica de Paris 2024 foi uma das grandes novidades do evento disputado por atletas U15. Da cultura das ruas direto para os holofotes olímpicos, o Breaking, que nasceu   nos anos 70 no Bronx, em Nova York,  também denominado como breakdance pela mídia ou b-boying, criado pelas comunidades negra e latina com o objetivo de pacificar disputas territoriais na região, se espalhou pelo mundo.

Os jovens logo começaram a se distanciar das gangues de rua e a violência deu lugar às batalhas entre as crews, grupos de dançarinos que juntavam suas habilidades em disputas para definir quem apresentava a melhor dança. O estilo  daria origem à cultura Hip-Hop. DJs como Kool Herc, Grandmaster Flash e outros organizavam festas de rua em seus bairros e tocavam duas cópias do mesmo disco, mixando para prolongar a parte de breakdown das faixas. Nessas horas, as pessoas que corriam para a pista dançavam de uma maneira tão particular que ganharam termos próprios, break-boys e break-girls, mais tarde encurtados para B-Boys e B-Girls. O tempo passou e essa arte que virou esporte passou de geração para geração. Hoje falamos desse elemento da Cultura Hip-Hop dentro dos eventos mundiais esportivos  e olímpicos atraindo  cada vez mais a geração mais nova em todo o mundo.  Como é o caso da atleta paulistana Chaya Gabor, conhecida como B-Girl Angel do Brasil, de apenas 13 anos, Angel é uma das mais novas atletas da delegação brasileira de Breaking e também um dos grandes nomes da nova geração do breaking brasileiro. A menina começou a dançar com 3 anos de idade e não parou mais. Guerreira desde que nasceu, pois foi uma prematura extrema de 850 gramas, a atleta, que é carinhosamente chamada por seu treinador de “Senhorita Power Move”, pelo talento em assimilar os movimentos acrobáticos, foi a primeira criança na história a ser finalista do Prêmio Sabotage, no evento feito pela Câmara Municipal de São Paulo, participou de eventos como: Rival Vs Rival (SP), Master Crews (SP), Quando as Ruas Chamam (DF), Tattoo Experience (SP), 1° lugar na Batalha Final, sendo também a primeira criança a chegar e ganhar o 1º lugar na final do evento na categoria Kids, que foi no Shopping Tatuapé, onde também ficou em terceiro entre as B-Girls adultas.

Angel também foi 1° lugar na Quebrada Viva Battle, em dupla, 1º lugar no All Dance Brasil. Em 2020, mesmo durante a pandemia, participou do evento internacional E-FISE Montpellier, na França, se destacando no cenário mundial, colocando o Brasil em 2º lugar. Sendo ranqueada pelo evento entre as 6 melhores B-Girls Kids. Em 2021, recebeu a indicação e premiação do Troféu Arte em Movimento e, em 2022, ganhou o Breaking Combate, o Breaking Ibira e no Campeonato Brasileiro de Breaking Sport subiu no pódio estando entre as 3 melhores crianças do Brasil que dançam Breaking. Agora, em 2023, foi Indicada pelo Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD) e convocada pela Confederação Brasileira de Desporto Escolar   (CBDE) para participar  do  Mundial da Gymnasiade que aconteceu essa semana no Rio de Janeiro, o evento é considerado a Olimpíada Internacional do Desporto Escolar. São dela as palavras: “Esse foi o meu primeiro mundial e  foi  incrível    defender a minha dança, a minha cidade e  o meu país junto com outras delegações de outros países como a china por exemplo . Isso não aconteceu de uma hora para outra,  passei por todo um processo de preparação para viver esse momento de hoje! Na mala trouxe não só roupas , mas experiência e a vontade de continuar indo além na minha dança.  Dessa vez cheguei na semifinal e conquistei o 4° lugar. Nos próximos anos, o foco é  voltar mais forte para brigar pelo ouro!”.

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