Barueri faz treinamento sobre a Doença de Parkinson com os profissionais da rede
A Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu no dia 15 de junho, no Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta, o treinamento sobre as “Atualizações em Neurologia”, focado na Doença de Parkinson, dedicado aos profissionais da rede municipal, inclusive aos médicos residentes, que integram o programa de Educação Médica Continuada.
Na ocasião, foram ministradas duas palestras: “Doença de Parkinson – Como diagnosticar, quando e como tratar”, ministrada pela médica diretora do Serviço de Neurologia do Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (IAMSPE), Sonia Maria Cezar de Azevedo, e “Nem todo tremor é Parkinson – diagnósticos diferenciais na Doença de Parkinson”, com a médica neurologista do Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta, Karlla Danielle Ferreira Lima.
“Nem todo tremor é Doença de Parkinson e nem todo Parkinson tem tremor. A avaliação do tremor e de parkinsonismo envolve uma boa conversa entre médico e paciente, além da realização de exame clínico. Tremor fisiológico exacerbado e parkinsonismo secundário são sempre diagnósticos diferenciais importantes. Apesar de não ter cura, o tratamento consegue diminuir os sintomas, retardar a progressão da doença e, consequentemente, oferecer ao paciente uma qualidade de vida melhor. A escolha do tratamento considera fatores como estágio da doença, sintomas e idade do paciente, por exemplo”, explicou a médica Karlla Lima.
A Doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas da Doença de Alzheimer. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson. Isso representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos e 6% aos 85 anos. Mas esse número pode dobrar até 2040 por conta do aumento da expectativa de vida e do envelhecimento da população. No Brasil, a estimativa é de que 200 mil pessoas vivam com a doença.
“À medida que o indivíduo vive mais, a tendência é aumentar o número da Doença de Parkinson e muitos casos são precoces. Essa iniciativa em discutir temas de saúde para o profissional obter mais conhecimento e fazer a diferença na vida do paciente, achei espetacular, pois aparecem casos em qualquer consultório médico”, relatou a médica Sonia Maria Azevedo ao falar sobre os avanços terapêuticos realizados ao longo dos anos, pois a profissional tem experiência com essa doença desde 1986.
Fonte: Jornal Digital Região Oeste