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Dia Mundial do Atletismo

Associações esportivas, clubes e entidades dirigentes comemoram em 9 de outubro o Dia Mundial do Atletismo, esporte considerado base de todos. As provas de atletismo são as mais tradicionais. Começaram na Grécia há 3 mil anos. Os registros mais antigos de competição são do ano 776 a.C. O valor era tão acentuado, que até guerras eram interrompidas para a realização de competições.

No final do século XIX, o francês Pierre de Coubertin teve a ideia de recriar os jogos olímpicos com mais modalidades individuais e coletivas. E deu certo: a primeira edição foi em Atenas em 1896, mas as guerras mundiais de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945 acabaram por impedir a realização de algumas edições dos jogos.

O que é o atletismo?
Consiste em provas de corridas (de curta, média e longa distância e de revezamento); de saltos (em altura e distância); e arremessos (de dardos, pesos, discos de aço e martelos). É disputado por homens e mulheres e possui 42 modalidades, sendo 28 delas olímpicas.

O país mais forte no atletismo é os Estados Unidos, mas o Quênia, país africano, tem há vários anos roubado a cena em provas longas de corrida e, mais recentemente, a Jamaica tem produzido atletas de elite graças à massificação do esporte no País. Usain Bolt, medalhista de ouro nos 100 metros e 200 metros rasos por vários anos, ajudou a popularizar de vez o esporte.

Atletismo em Barueri
A casa do atletismo em Barueri é o Complexo Esportivo do Jardim Silveira, bairro que também é berço da disputadíssima Corrida São Silveira, existente desde 1975, e que atrai milhares de corredores da região e até internacionais. Muitos atletas fazem dela um laboratório para a disputa da quase centenária São Silvestre.

O Complexo Esportivo está em reforma. Quando for entregue (a previsão é para março de 2022), vai proporcionar melhores condições de treinamento aos atletas e Barueri terá uma equipe ainda mais competitiva. “Mesmo treinando em condições de improviso no Ginásio do Jardim Tupan, tivemos um bom desempenho no último Campeonato Paulista Sub-18 em Campinas e conseguimos nove medalhas”, revela Jorge Alexandre da Silva, coordenador-técnico de atletismo do Barueri Esporte Forte.

Vários atletas consagrados deram os primeiros passos em Barueri, tais como Anderson Teles da Silva, que tem mais de 200 medalhas em provas de longo percurso na carreira, e de HÍgor Silva Alves, campeão de Salto em Distância do Troféu Brasil em 2016 com a marca de 8,19 metros. Ele se classificou para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, mas não conseguiu repetir o desempenho.

As escolinhas de atletismo do Barueri Esporte Esporte, que têm treinamentos duas vezes por semana, receberam 100 inscrições recentemente. Os 27 atletas das equipes de competição treinam de segunda a quinta-feira.

Atletismo no Brasil
Embora o Brasil tenha participado do atletismo olímpico pela primeira vez em 1924 nos jogos de Paris, até 1988 era comum a milhões de brasileiros acompanharem a chegada do ano novo assistindo pela televisão à corrida de São Silvestre. A prova ainda ocorre no dia 31 de dezembro.

Muita gente pratica o atletismo em parques e mesmo em vias públicas como forma de manutenção da condição física. Talvez o baixo custo dos equipamentos e a possibilidade de correr mesmo sozinho em horários diversos explique a sua popularidade. Alguns se matriculam em academias, acabam formando equipes de competição e encontram novas emoções.

Amores dentro da paixão
Ricardo Araújo e Érika Turina, moradores de Alphaville, começaram a correr na mesma pista em maio de 2019 e se casaram há três meses. O filho Arthur Araújo, de 10 anos, também corre. Eles também são apaixonados pela hidroginástica e pela ginástica funcional.

Durante a pandemia, ficaram só treinando, mas voltaram a correr cinco quilômetros no “Circuito Paulista de Cidades” em Limeira recentemente. “Treinamos e corremos juntos. Isso fortalece a união”, declara Ricardo.

Maria Aparecida Pinto, a Cidoca, era uma fumante inveterada. Largou o vício há cerca de 15 anos e passou a caminhar e correr regularmente, mesmo desaconselhada pelo seu médico. Depois de se aposentar, descobriu um novo amor: os vinhos portugueses. Antes de se mudar para Oeiras, cidade próxima a Lisboa, certificou-se de que poderia conciliar as duas paixões.

Passados cinco anos, a “quase sommelier” divide seu tempo entre os treinos e os cursos específicos sobre a bebida. Já caminhou até Santiago de Compostela (Espanha) diversas vezes e perdeu a conta do número de meias maratonas que disputou: “Aqui é maravilhoso: o atletismo é muito valorizado em todas as idades. Tenho adiado o meu retorno ao Brasil”, afirma. Detalhe: os perigos que o médico alertou não deram sinal em nenhum dos dois hemisférios.

Atletas brazucas
Já tivemos muitos atletas de destaque nas pistas do mundo. João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, recordista mundial do salto triplo em 1975 nos Jogos Pan-americanos do México; Joaquim Cruz, medalha de ouro nos 800 metros rasos na Olimpíada de 1984 em Los Angeles e o grande Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico do salto triplo em 1952 em Helsinque (Finlândia) e em 1956 em Melbourne (Austrália).

Não podemos nos esquecer de Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a maratona na Olimpíada de Atenas em 2004. Ele foi interrompido por um fanático irlandês e acabou ficando com o bronze. Em reconhecimento ao seu feito, o Comitê Olímpico Internacional (COI) concedeu-lhe a medalha Pierre de Coubertin, honraria que apenas cinco atletas no mundo possuem.

Vale lembrar que todos esses atletas se sobressaíram à custa de muitos sacrifícios pessoais, já que muitos deles não conseguem apoio nem patrocínio para treinar adequadamente e têm de conciliar muitas atividades para participar de provas nacionais e internacionais.

Fonte: Portal Barueri

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