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Mulheres à frente das obras de Barueri

Esta matéria faz parte da série “Mulher Protagonista”, produzida pela Prefeitura de Barueri em homenagem ao Dia Internacional da Mulher 2021. De 8 a 12 de março serão publicadas reportagens com foco no protagonismo da mulher barueriense.

Até hoje a construção civil é uma área predominantemente masculina. Mas aos poucos isso está mudando, porque as mulheres estão mostrando que seus dons também cabem nesse segmento, afinal, não há limites para uma mulher determinada. Em Barueri não é de hoje que o toque feminino chegou à Secretaria de Obras – e tem feito a diferença.

Um exemplo é a arquiteta Ana Paula Isalino de Oliveira, que trabalha há 19 anos na Secretaria de Obras do município e durante toda a sua vida sonhou trabalhar na área de construção civil. Aos três anos vivia com o lápis na mão e conta que sua mãe dizia que não existia papel suficiente de tanto que ela gostava de criar e desenhar. Hoje aos 38 anos, Paula mostra que com garra e determinação é possível realizar sonhos.

“Na infância e na pré-adolescência eu sempre tive muita paixão por coisas assim que normalmente são profissões de homem, como pedreiros, mestre de obras. Via as coisas na televisão, olhava aqueles prédios maravilhosos desenhados naquela forma diferente e eu admirava aqueles profissionais e imaginava: ‘será que um dia eu vou poder tornar meus desenhos realidade?’. E aí comecei a estudar e veio aquela paixão de tentar tirar sonhos do papel. Com a minha curiosidade fui atrás de profissionais da área e observava todas as maneiras que as obras eram executadas, porque além de desenhar eu queria colocar a mão na massa e ver tudo tomar forma”, conta.

Há alguns anos, profissionais do sexo feminino nas áreas de construção civil, como engenharia e arquitetura, não eram vistas com bons olhos, muitos duvidavam da capacidade e competência das mulheres. Ana contou as dificuldades que encontrou nos primeiros anos de sua profissão. “Eu já encontrei bastante dificuldade, hoje acho que as pessoas respeitam um pouco mais. Lá atrás, logo que me formei, eu via que os próprios profissionais que a gente prestava atenção, admirava e tentava aprender, não abriam espaço ou respeitavam por ser mulher, eles menosprezavam, achavam que não era o lugar da gente. Onde já se viu uma mulher, que estava ali toda limpinha e arrumada, estar naquele local de trabalho, dentro de uma obra onde mais de 90% eram homens? Era uma dificuldade muito grande no começo, mas a gente vai aprendendo com o tempo a saber impor o respeito, para que eles consigam enxergar que a gente está ali para trocar experiências, não somente como uma profissional com instrução superior a deles”, declara.

Em todos esses anos trabalhando em Barueri, Ana Paula nota como o cuidado com a mulher é diferenciado. Segundo ela, em todos os setores a mulher em Barueri tem sua voz amplificada e levada a sério, ocupando posições de poder e de destaque. “Vejo que o município tem um grande respeito pelas profissionais mulheres, não só na nossa área, mas em todas as outras áreas. Vejo que a gente tem o mesmo espaço que os homens para determinadas funções, nós conseguimos ter o mesmo tipo de salário, nunca vi uma diferenciação porque uma profissional é mulher. Quando a gente mostra nossa capacidade técnica, o município é imparcial a essa situação não tem esse tipo de preferência e ele dá espaço para que as mulheres cresçam. No meu departamento, sempre formado por homens e muito mais velhos do que eu, sempre me respeitaram mesmo eu estando à frente deles”, disse.

A arquiteta conta que todas as obras que projeta para a cidade carregam um cuidado especial com o público feminino, mesmo as que são projetadas e executadas pelos homens. Os interesses e sugestões das mulheres são sempre levados em consideração. “Vejo que nas obras do munícipio existe um cuidado para que os ambientes sejam mais agradáveis para as mulheres. Nos projetos que nós lidamos sempre há essa preocupação, como o esquema de cores, a ambientação de mobiliário, tomando por base as mulheres que vão trabalhar e conviver naquele ambiente. Há muito carinho por esse público aqui”, finaliza.

Fonte: Portal Barueri

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