Secretaria de Saúde realiza 2º Seminário IST / Aids de Barueri
Com a presença do secretário de Saúde, Dionisio Alvarez Mateos Filho, o auditório do CAP (Centro de Aprimoramento de Professores) foi palco nesta quarta-feira, dia 24, do II Seminário IST/Aids de Barueri. Sob o tema “Articulando com a Rede de cuidados no acolhimento à gestante com sífilis”, destinado a profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, assistentes sociais etc.) da rede municipal.
“O objetivo é minimizar ainda mais os casos de sífilis vertical (transmitida dos pais para os filhos)”, adverte Reinildo de Souza, coordenador do Programa de IST / Aids, da Secretaria de Saúde de Barueri. Foram registrados 12 casos de sífilis congênita no município em 2020.
Durante o evento foi enfatizada a importância da realização do TR (teste rápido) e dos testes treponômico e não treponômico (VDRL) para o diagnóstico, notificação e tratamento adequado da doença. “Barueri possui padrão ouro: realiza todos os tipos de testes. Não tem como a pessoa com sífilis ficar sem diagnóstico no município”, adverte Paulo Murata, médico do CTA (Centro de Tratamento e Acolhimento IST/Aids).
“É necessário que o tratamento da gestante diagnosticada com sífilis seja concomitante ao tratamento do parceiro”, complementa ele. Se isso não ocorrer, a eficácia fica totalmente comprometida. Muitos pacientes resistem a essa orientação por temer a reação do cônjuge.
No dia 15 de dezembro acontecerá mais um encontro, também reunindo turmas de manhã e à tarde, como o desta semana. O intuito é promover a troca de informações e experiências entre todos os profissionais que atuam na rede municipal de saúde.
Ação Extramuros:
No dia 4 de dezembro (sábado), das 13h às 21h, haverá uma testagem em massa de HIV, sífilis e hepatites B e C entre a entrada do Parque Shopping e a Estação CPTM Antônio João. A ação integra o Programa Fique Sabendo, da Secretaria de Estado da Saúde, de prevenção da Aids, que vai de 1º a 7 de dezembro.
A doença:
A sífilis é uma IST (infecção sexualmente transmissível) que se desenvolve em estágios (primário, secundário e terciário). Além da transmissão sexual, pode-se contrai-la por transfusão ou por contato com sangue contaminado.
Os sintomas variam de acordo com as fases. É uma enfermidade muito traiçoeira, pois os primeiros sintomas (ulcerações genitais, ínguas etc.) desaparecem depois de algum tempo e podem levar o infectado a acreditar que está curado.
Os profissionais de saúde são orientados a não culpabilizar os pacientes, principalmente os que têm mais de um parceiro sexual, sob pena de não haver a conclusão do tratamento e o consequente encerramento do círculo.
Se não tratada tempestivamente, a sífilis pode acarretar transtornos visuais e de mobilidade, doenças cardíacas e mentais e até a morte. Gestantes que têm ciência da contaminação e recusam o tratamento, são advertidas das consequências jurídicas (perda da guarda do filho, por exemplo).
Fonte: Portal Barueri