Presidente Donald Trump e primeira-dama testam positivo para coronavírus.
O presidente norte-americano Donald Trump anunciou que testou positivo para covid-19 no início da madrugada de hoje. Em mensagem publicada em redes sociais, ele informou que sua esposa, a primeira-dama Melania Trump, também está com a doença.
O republicano, de 74 anos de idade, é diagnosticado com o novo coronavírus em meio à sua campanha pela reeleição, em que enfrenta o democrata Joe Biden. A eleição está marcada para 3 de novembro. Na Europa e na Ásia, o mercado financeiro reagiu mal à notícia, com as Bolsas de Valores abrindo em queda.
Ao longo da pandemia, Trump tem minimizado o novo coronavírus e frequentemente aparece sem máscaras em eventos públicos —ele, inclusive, ironizou Biden pelo uso de máscaras. O democrata, que esteve com Trump em debate na terça-feira (29), disse que fará o teste para saber se está com covid-19.
Nas redes sociais, Biden diz que reza pela “saúde e segurança do presidente e de sua família”. A saúde de Trump já tem reflexos em sua campanha. Hoje, por exemplo, ele deveria viajar para a Flórida, um dos estados cruciais para a disputa. A agenda foi cancelada. Seu vice, Mike Pence, recebeu resultado negativo para o exame de covid-19.
Nas últimas semanas, Trump realizou comícios em locais fechados e a céu aberto com milhares de pessoas apesar de profissionais de saúde pública terem desaconselhado eventos com grandes plateias. Trump em quarentena “Esta noite, Melania e eu testamos positivo para covid-19. Começaremos nosso processo de quarentena e recuperação imediatamente. Vamos superar isso juntos”, escreveu Trump.
Em seu perfil, Melania disse se sentir bem e que já cancelou todos os próximos compromissos. O casal entrou em processo de quarentena. “Como muitos americanos fizeram este ano, Donald Trump e eu estamos em quarentena em casa após teste positivo para covid-19. Estamos nos sentindo bem e adiei todos os próximos compromissos. Por favor, certifique-se de que você está ficando seguro e todos nós passaremos por isso juntos”, afirmou.
Ontem, foi divulgado que uma das assessoras de Trump, Hope Hicks, recebeu o diagnóstico positivo para a doença. Na sequência, Trump disse que faria o teste. Hicks é considerada uma das principais conselheiras do presidente e costuma viajar sempre com o mandatário.
Ela estava a bordo do avião presidencial com Trump quando o presidente viajou a Cleveland, na terça-feira, para participar do primeiro debate presidencial com Biden. A assessora também viajou na quarta-feira com Trump rumo a Minnesota para um comício de campanha.
7,2 milhões de casos nos EUA Os Estados Unidos são o país mais atingido no mundo pela pandemia de coronavírus, com 7,2 milhões de casos, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. A Índia tem 6,3 milhões e o Brasil, 4.8 milhões de casos registrados. Trump demorou para reconhecer publicamente a gravidade do surto de coronavírus, e chegou a pressionar os Estados a reabrirem antes de especialistas dizerem que é seguro fazê-lo.
Em seu primeiro comício em meio à pandemia, realizado em Oklahoma, em junho, o presidente disse a milhares de apoiadores que fazer exames é uma “faca de dois gumes” e que pediu às autoridades de saúde, na ocasião, que desacelerassem os exames em reação à preocupação do público com o número crescente de casos.
Em abril, ele chegou a sugerir a injeção de desinfetante e o uso de raios ultravioletas como forma de “limpar os pulmões” e eliminar o novo coronavírus. A comunidade médica e científica internacional classificou as declarações de Trump como “perigosas e irresponsáveis”.
Trump seria responsável por 40% das informações erradas divulgadas sobre a pandemia entre janeiro e maio, segundo estudo da Universidade Cornell. A doença já matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.
Fonte: Uol