Reflexão

Casa de Vó

Até a quinta a 5ª série o caminho da escola também era o caminho da casa da minha Vó. Dona Rosina, mãe do meu pai. A Vó que me ensinou a jogar pife, comer polenta brostolada, salada de radite com bacon e bife acebolado. A Vó que fazia uma carne de panela pingada que até hoje de lembrar me enche a boca de água e uma batata dourada na panela que ganharia o prêmio de prato do ano em qualquer lugar do mundo.
Era minha Vó católica, do presépio gigante de Natal, que me fez pagar uma promessa dela em um santuário distante.
A Vó da casa cheia. Do barulho, das estórias…
Troquei muita balada de sábado a noite pra dormir na casa dela, tomar chimarrão, comer bem, ver TV e jogar pife até tarde.
A Vó que cochilava no sofá com a TV ligada e acordava se a gente trocasse o canal.
Pois é, no caminho da escola pelo menos uma vez por semana, no dia que ela fazia pão eu passava lá e comia o bolinho de pão frito com chimia de uva, salame e queijo.
“Benzadeus”.
Saudades do tempo que não volta mais mais.

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