Reflexão

O corvo e a raposa

O corvo pousava em um galho de uma árvore frondosa. No bico, trazia um grande pedaço de queijo. Atraído pelo cheiro do queijo, a raposa, esperta, ficou debaixo do galho e se pôs a elogiar o corvo.

  • Bom dia, corvo lindão. Como você fica elegante e charmoso nesta capa de plumagem negra. Se o seu canto for como a beleza da sua plumagem, com certeza és a grande majestade da floresta, e eu tenho certeza que seu canto é magnifico. Dê-me, por favor, o prazer de ouvir por um momento sua voz afável.
    O corvo se sentiu o máximo. Tomado pela vaidade, querendo agradar a raposa e mostrar-lhe seu canto, afoita, se pôs a cantar. Com isso, o queijo escapou de seu bico e caiu direto para a boca da raposa, que rindo do corvo, disse:
  • Meu amigo, aprenda a lição. É assim que vive o puxa-saco, às custas de quem acredita na conversa dele. E o preço pela lição é este pedaço de queijo delicioso.
    E foi embora, rindo, satisfeita, lambendo a fuça. O corvo, envergonhado, resmungou:
  • Velhaca!! Como pude ser tão idiota e acreditar nela? Que ódio!

Moral da história: seja autossuficiente para não cair na conversa dos manipuladores que andam por aí com o propósito de elogiar para tirar proveito de suas vítimas.

-Adaptado da fábula de La Fontaine.

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