Com dois casos na região, especialistas alertam sobre o avanço da Varíola dos Macacos
Ocorrências foram registradas em Itapevi e Osasco. População deve ficar atenta aos sintomas
Nesta semana, a região registrou o segundo caso confirmado da Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o paciente é um morador de Osasco e, assim como os outros, segue com boa evolução do quadro e é acompanhado pela vigilância epidemiológica.
Na última semana, uma ocorrência da doença foi anotada em Itapevi. Até terça-feira (5), o estado tinha um total de 77 casos confirmados da varíola.
À reportagem, infectologistas explicaram que o aumento dos casos requer atenção e é um sinal de alerta. “É fundamental que a população seja alertada e informada sobre como reconhecer a doença e quando procurar atendimento. Os serviços de saúde também precisam estar atentos e preparados para o atendimento e orientações de casos suspeitos”, apontou Ingvar Ludwig, infectologista do Hcor.
Ele explicou ainda que trata-se de um vírus com potencial epidêmico. “Entretanto, diferentemente do que foi observado com a Covid-19, a doença exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação. Ainda, o quadro clínico de Monkeypox é rotineiramente autolimitado e complicações graves são infrequentes”.
Entre os sintomas, Eliane Tiemi Iokote, coordenadora de Infectologia da Rede de Hospitais São Camilo SP, explicou que, em uma primeira fase, os principais são febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios, cansaço extremo, e dura em média três dias.
“A segunda fase vem com aparecimento de lesões na pele em cinco estágios evolutivos. A quantidade de lesões varia, atingindo diversas áreas do corpo, inclusive região genital”, enfatizou a especialista.
Transmissão e prevenção
Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, afirmou que a população deve estar atenta para os sintomas e, diante da suspeita da doença, procurar atendimento médico o mais precoce possível.
“A principal forma de transmissão é o contato direto com fluidos corporais, contato com as lesões de pele. A transmissão por gotículas respiratórias também pode ocorrer e o uso da máscara contribui para reduzir esse risco”, destacou.
Fonte: Folha de Alphaville