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Feirinha da Madrugada vai virar centro comercial com 1.500 lojas em SP

Com investimento de R$ 1 bilhão, shopping de 182 mil metros quadrados e três andares terá foco em moda popular

Com a aproximação do Natal, é alta a expectativa dos comerciantes da antiga Feirinha da Madrugada, localizada no Brás, bairro central de São Paulo considerado o maior polo de confecção de roupas no Brasil. Pela região, circulam mais de 500 mil pessoas por dia, vindas de todos os cantos do país em busca de peças da moda com preços mais em conta para vestir ou revender.

De casa nova, o espaço – cuja revitalização era uma promessa antiga do governo – se chama agora Circuito de Compras e seria inaugurado na terça-feira (9/11). Um problema no gerador de energia, entretanto, atrapalhou os planos e ainda não há uma nova data de abertura.

As cifras desse shopping, localizado na Avenida do Estado, no número 220, são notáveis. O consórcio que mantém o negócio calcula ter investido mais de R$ 1 bilhão no empreendimento, chamado de o maior centro popular de compras das Américas.

São 182 mil metros quadrados, divididos em três andares. Mais de 1.500 comerciantes poderão vender seus produtos em lojas e boxes durante o dia todo, mas principalmente, é claro, no período da madrugada, quando a procura ferve.

Os clientes encontrarão ainda uma praça de alimentação com 1200 lugares e estacionamento com capacidade para 2.460 veículos e 315 ônibus.

Mudança radical

O cenário é bastante diferente do encontrado anteriormente entre a Avenida do Estado e a Rua do Oriente, onde a feirinha funcionava. Comerciantes se espalhavam por boxes onde havia fiações expostas e extintores de incêndio vencidos. O local foi atingido por um incêndio em março de 2016. Na ocasião, o teto desabou e um bombeiro acabou ferido.

No mesmo ano, o Corpo de Bombeiros chegou a cassar o auto de vistoria do local, documento que atesta se uma instalação tem condições de segurança contra incêndios. Além disso, os visitantes reclamavam de instalações sujas e falta de segurança.

O espaço precisou passar por um processo de reintegração de posse para a retirada de comerciantes em 2018.

Os responsáveis

O consórcio Circuito de Compras de São Paulo S.A. venceu, em 2015, a concorrência pública lançada pela prefeitura e fará a gestão do endereço por 35 anos. O grupo é formado pelas empresas Mais Invest Empreendimentos e Incorporações S/A, RFM Participações Ltda e Talismã Fundo de Investimento em Participações.

O valor da proposta apresentada foi de R$ 50,5 milhões, segundo o Executivo municipal, mais parcelas anuais à municipalidade referentes a 5% da receita bruta. O terreno pertence à União e foi cedido sob guarda provisória à cidade.

As obras começaram em setembro de 2018. A abertura oficial dos trabalhos se deu em julho de 2019, com a presença do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, que morreu em maio deste ano.

“Quem conheceu como era o local antes do início desse projeto sabe que era um local de ilegalidade, de falta de recolhimento de impostos, de presença do crime organizado. Perdiam os trabalhadores, a sociedade e os outros comerciantes, que lidavam com concorrência desleal”, disse o político, à época.

O objetivo do consórcio é repaginar a região do Brás. O grupo informou que gerou 20 mil empregos diretos com o desenvolvimento do Circuito de Compras.

Em uma segunda etapa, o projeto contará com um edifício com salas comerciais, um hotel e o restauro de um prédio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

Fonte: Metrópoles

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