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Novo mapa do transporte metropolitano unifica extensão da Linha 7-Rubi ao trecho principal

Entretanto, a mudança não é permanente, uma vez que após a concessão os serviços deverão ser segregados

No inicio da nova gestão da CPTM, a partir de 2019, a companhia promoveu uma série de melhorias no sistema ferroviário de forma a propiciar ao passageiro uma melhor qualidade nas suas viagens. De lá pra cá foram trens novos, obras de modernização e as supressões das extensões operacionais. A primeira grande mudança ocorreu na Linha 11-Coral em 2019 quando os trens provenientes de Estudantes passaram a ter como destino final a Estação Luz. Em 2020 foi a vez da Linha 7-Rubi passar pelas mesmas melhorias, com os trens oriundos de Jundiaí terem como parada final a Estação Brás.

Novo mapa e mudanças

No mês de dezembro de 2020, o mapa do transporte metropolitano sofreu uma mudança curiosa e um tanto surpreendente, o fim da extensão operacional da Linha 7-Rubi. Isso significa na prática que agora o passageiro contará com menos empecilhos para acessar as cidades além da Região Metropolitana de São Paulo e vice versa. Nos dias úteis, uma em cada três composições parte da Estação Brás com destino a Jundiaí, já nos sábados, domingos e feriados essa relação é ainda mais generosa já que metade dos trens tem como destino a estação terminal da Linha Rubi.

Linha 7 representada sem a Extensão Operacional (Reprodução)

A concessão e a segregação dos serviços

Infelizmente, todas as mudanças feitas pela CPTM para promover essa, que podemos chamar de “unificação” da Linha 7-Rubi, estão com os dias contados. O grande motivo? A concessão da Linha 7 com o TIC. Segundo planos divulgados pela CPTM no ano passado, a modelagem operacional no período de concessão irá retirar a Linha 7 de forma permanente das estações Brás e Luz fazendo com que o trecho tenha parada na Estação Palmeiras-Barra Funda, ou seja, o passageiro dessa linha perderá uma ampla gama de possibilidades de integração no sistema metroferroviário.

Na estação Brás há integração com as Linhas 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira além da Linha 3-Vermelha do Metrô. Na estação Luz temos as integração com as Linhas 1-Azul, 4-Amarela e 11-Coral da CPTM. Não é preciso boa de cristal para perceber que o passageiro acabará por ser prejudicado.

Novo modelo operacional a ser implantado na Linha 7 (Reprodução)

Existirão mudanças também na ponta norte já que o serviço ferroviário após Francisco Morato será totalmente segregado da operação convencional da Linha 7. Isso pode indicar a chance de que, durante o período de concessão, não haverá mais trens diretos entre Jundiaí e a capital paulista. O motivo para as mudanças é a implantação de um novo serviço denominado TIM (Trem Intermetropolitano) que terá como função atender o trecho entre Campinas e Francisco Morato num modelo semelhante ao que ocorre hoje nas linhas do trem metropolitano.

Amenizando as perdas

Como uma forma de manter as possibilidades de conexão da Linha 7-Rubi com as demais linhas da CPTM, a companhia visa realizar investimentos no eixo Luz-Barra Funda no intuito de concretizar a já exaustivamente  prometida extensão da Linha 11-Coral. Assim os passageiros poderão ter acesso, mediante baldeação, às principais conexões do sistema metroferroviário.

Para os passageiros de Jundiaí haverá uma opção para chegar a região central de São Paulo sem a necessidade de transferência em Francisco Morato, entretanto, ela será um pouco mais custosa em relação a passagem do trem convencional. O TIC deverá fazer paradas em Jundiaí, dessa forma os passageiros que tiverem melhores condições poderão usufruir de uma viagem mais prática, rápida e confortável, uma realidade que certamente não é a de todos que necessitam do transporte de todo o dia.

Isso leva à seguinte reflexão: É importante averiguar, discutir e ser atuante em tudo que tange as concessões e o planejamento do transporte ao longo prazo. Cada ação, por menor que seja, tem grande impacto em como os passageiros serão de fato atendidos. Deve-se em todo o grande projeto prezar pela qualidade do transporte e pela segurança dos milhares de cidadãos que usufruem dos trens urbanos.

Fonte: Metro CPTM

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