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Pelo fim da violência contra mulher – UMA SEGUNDA CHANCE!

Por Dra Giani Cristina 

​Os obstáculos estão por todo o caminho e até contribuem para tornar nossas vitórias mais saborosas e valorizadas. Só que em alguns momentos eles assumem contornos de abismos e encruzilhadas instransponíveis. E aí, cada um precisa decidir: afundo ou me dou uma segunda chance?

​Neste mês de agosto, vamos refletir sobre a violência que a cada segundo é praticada contra nós mulheres, em vários níveis, do mais sutil e, infelizmente, em muitos casos até a morte. Precisamos de coragem para virar o jogo, mas só a coragem não é o suficiente. Precisamos de auto conhecimento, de informações e principalmente de uma rede de apoio.

​“No começo, o casamento era uma delícia. Aos poucos, meu marido se revelou: não perdia a oportunidade de me colocar para baixo” – quantas vezes já ouvimos ou sentimos isso?! Quantas mulheres não estão felizes, mas criam uma dependência emocional e não conseguem se separar ou simplesmente mulheres que tem a sensação de que não sabem escolher bons parceiros.

​Lembre-se do sapo que, quando bate na água fervendo pula alto e se salva. Mas, se demora a saltar, se acostuma com o calor e de lá não sai mais. Nunca se acomode com um incômodo. Não naturalize essa situação. Acabamos nos adaptando a situações e com o tempo achando tudo normal e isso é perigoso. Corremos o risco de descemos a patamares inimagináveis e aceitando todo e qualquer tipo de violência.

​Mas, jamais enfrente uma situação de violência sozinha. Uma rede de amigos e familiares são essenciais. Com eles, é mais fácil potencializar os mecanismos de reação e busque apoio profissional.

​Apesar das adversidades, se queira bem, busque estar bonita, se recorde que você é referência e/ou inspiração para outras pessoas e isso fará você aumentar a sua responsabilidade de se cuidar. Cuide de seus pensamentos e emoções, são eles que criam nosso presente e futuro.

​Nessa trajetória em se dar uma segunda chance, reconheça os sinais da relação abusiva: implicância, hostilidade, menosprezo. Não é fácil detectá-los, porque o parceiro começa a controlar como quem dá um conselho e se preocupa com você. Mas, as críticas sobem de tom, ele fica mais irritado e punitivo. Deixar o dominador requer coragem.

​Enfrente a dor do rompimento, que ocorre mesmo quando há abuso e violência e, simplesmente, o amor acaba. Aqui, a coragem está ligada em viver o luto, que é uma forma de transição.

​Invista na sua autoestima. Procure a voltar a fazer o que gosta, seja no trabalho, seja em atividades de lazer.

​Retome o contato com seus amigos que tinha antes. Eles ajudam a reviver boas emoções, fazem você se sentir querida e pronta para sair e se soltar. Faça cursos, viaje e conheça novas pessoas.

​Afaste o pensamento: “Nunca mais vou ter um par”. E não tenha pressa de preencher a falta de alguém. Dar tempo ao tempo ajuda a estabelecer uma relação saudável.Então, que tal aproveitar o este mês de agosto e se dar uma segunda chance?!

Fonte: Jornal Digital Regiao Oeste

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