EducaçãoSão Paulo

Barueri, Carapicuíba, Jandira e Osasco terão escolas cívico-militar

Veja a lista das cem escolas estaduais de SP que vão virar cívico-militar, entre estas:
Barueri – E.E. Professor Lênio Vieira de Moraes
Carapicuíba – E.E. Basílio Bosniac e E.E. Deputado Salomão Jorge.
Jandira – E.E. Dorvalino Abílio Teixeira.
Osasco – E.E. Prof. Gastão Ramos e Rosa Bonfiglioli

A Secretaria da Educação do estado de São Paulo divulgou a lista final das 100 escolas estaduais que vão aderir ao Programa das Escolas Cívico-Militares (ECM) a partir do segundo semestre deste ano. Os nomes das unidades serão publicados no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (29).

O programa será implantado em unidades de 89 municípios paulistas, incluindo a capital, a região metropolitana, o litoral e o interior. Das 89 escolas, 80 são cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média estadual e 37 estão abaixo da média nacional, informou a pasta.

Em 2024, ações na Justiça mantiveram o programa suspenso por cinco meses. A constitucionalidade do programa foi questionada. O ministro Gilmar Mendes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF), conduziu duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra a lei paulista que institui o programa e chegou a decidir que o tema devia ser analisado pelo plenário. Mas, no fim de novembro, Mendes derrubou a decisão do TJ-SP e autorizou que o governo paulista desse andamento ao programa (leia mais abaixo).

Em junho do ano passado, o Ministério Público Federal e a Advocacia Geral da União (AGU) classificaram o modelo de ensino como “inconstitucional”.

Até o ano passado, a previsão da Secretaria da Educação era colocar o programa em operação apenas em 2026. Contudo, houve entendimento de que havia tempo hábil para que parte das unidades pudessem passar pela conversão ainda neste ano, conforme divulgou a GloboNews. Com isso, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu antecipar para o segundo semestre deste ano.

Em nota, a Secretaria da Educação informou que foram realizadas três rodadas de consulta pública com 302 comunidades que se manifestaram interesse no modelo em 2024. A previsão é a de que a alteração atinja cerca de 50 mil estudantes.

“O objetivo das consultas públicas foi ouvir toda a comunidade escolar e garantir a transparência do processo. Tiveram direito a voto, mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária; e professores e outros profissionais da equipe escolar”, disse a pasta em nota divulgada.

Ainda conforme a secretaria, a votação a favor do modelo foi contabilizada quando a escola alcançou o quórum mínimo e registrou, pelo menos, 50% + um dos votos válidos.

Cada voto foi computado apenas uma vez. Ou seja, as unidades que tiverem 2ª e 3ª rodadas só puderam contar com os votos de quem não votou na rodada anterior.

“No total, foram computados mais de 106 mil votos da comunidade escolar. Dos quais 87% a favor da implantação do programa. Três escolas aprovaram a proposta com 100% dos votos válidos”, disse a Seduc.

Lista final

De acordo com a Secretaria da Educação, na primeira votação, em março deste ano, 70 unidades optaram a favor da adesão.

Já na segunda rodada, em abril, 35 escolas se juntaram à lista inicial. Na terceira, e última, mais 27 votaram pela escolha do modelo.

Ao fim, 132 comunidades aprovaram a implantação, quatro reprovaram e 166 não atingiram quórum mínimo nas três rodadas da consulta pública.

Veja lista:

  1. Alfredo Machado — Dracena
  2. Geraldo Pecorari Prof — Junqueirópolis
  3. João Brásio — Panorama
  4. Silvania Aparecida Santos Profa — Nova Odessa
  5. Francisco Teodoro de Andrade — Andradina
  6. Vâniole Dionysio Marques Pavan Profa — Araçatuba
  7. João Michelin — Itaí
  8. Maria Izabel Cruz Pimentel Dona — Avaré
  9. Wilquem Manoel Neves Doutor — Olímpia
  10. Morais Pacheco Prof — Bauru
  11. Esmeralda Milano Maroni Professora — Birigui
  12. Manoel Ferraz Professor — Bom Jesus dos Perdões
  13. Marcos Antonio da Silva Guimarães Professor — Bragança Paulista
  14. Mateus Nunes de Siqueira Padre — Atibaia
  15. Mathilde Teixeira de Moraes Professora — Bragança Paulista
  16. Narciso Pieroni — Socorro
  17. Albino Fiore — Caieiras
  18. Arthur Weingrill — Mairiporã
  19. Eliseu Narciso Reverendo — Campinas
  20. Messias Gonçalves Teixeira Professor — Campinas
  21. Antonio Alves Bernardino — Caraguatatuba
  22. Maisa Theodoro da Silva Professora — São Sebastião
  23. Basílio Bosniac — Carapicuíba
  24. Salomão Jorge Deputado — Carapicuíba
  25. Joaquim Alves Figueiredo — Catanduva
  26. Pedro Teixeira de Queiroz — Novo Horizonte
  27. Vitorino Pereira Professor — Catanduva
  28. Lourenço Filho Professor — São Paulo
  29. Líbero de Almeida Silvares — Fernandópolis
  30. Tonico Barão — General
  31. Antonio Fachada Prof — Franca
  32. Abraão Benjamim Prof — Cruzeiro
  33. Leonor Guimarães Profa — Piquete
  34. Antonio Velasco Aragon Padre — Guarulhos
  35. Izabel Ferreira dos Santos Professora Dona Belinha — Guarulhos
  36. Bairro das Palmeiras — Juquitiba
  37. Jardim do Carmo — Itapecerica da Serra
  38. Alceu Gomes da Silva Prof — Itapetininga
  39. EE PEI Jeminiano David Muzel — Itapeva
  40. Dorvalino Abílio Teixeira — Jandira
  41. Lênio Vieira de Moraes Professor — Barueri
  42. Amália Maria dos Santos — Itaquaquecetuba
  43. Esther Carpinelli Ribas Professora — Itararé
  44. Dinah Lúcia Balestrero Professora — Brotas
  45. Esmeralda Leonor Furlani Calaf Professora — Pederneiras
  46. João Batista Curado Professor — Jundiaí
  47. Maria Gertrudes Cardoso Rebello Irmã — Limeira
  48. Paulo de Almeida Nogueira Doutor — Cosmópolis
  49. Fernando Costa — Lins
  50. Benito Martinelli Prof — Marília
  51. Lídia Yvone Gomes Marques Profa — Garça
  52. Euryclides de Jesus Zerbini — Mogi das Cruzes
  53. Thimóteo Van Den Broeck Frei — Mogi das Cruzes
  54. São Judas Tadeu — Mogi Mirim
  55. Anilza Pioli Professora — São Paulo
  56. Gastão Ramos Professor — Osasco
  57. Rosa Bonfiglioli — Osasco
  58. Justina de Oliveira Gonçalves Professora — Ourinhos
  59. Rubens Zamith Professor — Pindamonhangaba
  60. Abigail de Azevedo Grillo Professor — Piracicaba
  61. Edson Rontani — Piracicaba
  62. Paulo de Barros Ferraz Professor — Pirassununga
  63. Yolanda Salles Cabianca Professora — Araras
  64. João Gomes Martins Coronel — Martinópolis
  65. Teófilo Gonzaga da Santa Cruz — Presidente Prudente
  66. Antonio Duarte de Castro — Jacupiranga
  67. Koki Kitajima — Registro
  68. Mary Azevedo de Carvalho Professora — Cajati
  69. Mílcio Bazoli Professor — Pariquera-Açu
  70. Plácido de Paula e Silva — Sete Barras
  71. Antonio Marinho de Carvalho Filho — Presidente Venceslau
  72. Adamastor de Carvalho Professor — Santo André
  73. Ovídio Pires de Campos Professor — Santo André
  74. Archimedes Bava Professor — Bertioga
  75. Lincoln Feliciano — Cubatão
  76. Arlindo Bittencourt Professor — São Carlos
  77. Edda Cardozo de Souza Marcussi — São Joaquim da Barra
  78. Alzira Salomão Professora — Nova Granada
  79. Octacílio Alves de Almeida Professor — São José do Rio Preto
  80. Valêncio Soares Rodrigues — Vargem Grande Paulista
  81. Dagoberto Nogueira da Fonseca — Itanhaém
  82. Josepha Castro Professora — Pontal
  83. Orminda Guimarães Cotrim — Pitangueiras
  84. Jorge Madureira Professor — Sorocaba
  85. Lauro Sanchez Professor — Sorocaba
  86. Marinalva Gimenes Colossal da Cunha — Sumaré
  87. Yasuo Sasaki — Hortolândia
  88. Lândia Santos Batista Professora — Ferraz de Vasconcelos
  89. Eduardo Vaz Doutor — Embu das Artes
  90. Carmela Morano Previdelli Profa — Taquaritinga
  91. Sebastião Francisco Ferraz de Arruda Prof — Itápolis
  92. Newton Câmara Leal Barros — Taubaté
  93. Professora Luciana Damas Bezerra — Caçapava
  94. Índia Vanuíre — Tupã
  95. José Giorgi — Rancharia
  96. Bairro do Turvo — Tapiraí
  97. Maria Paula Ramalho Paes Professora — Piedade
  98. Pedro Augusto Rangel Filho Professor — Votorantim
  99. Pedro Pedrosa — Nhandeára
  100. Sarah Arnoldi Barbosa Prof(a) — Votuporanga

Currículo e processo seletivo das escolas cívico-militares

As escolas cívico-militares seguirão o Currículo Paulista, definido pela Secretaria da Educação. A Seduc também será responsável pelo processo de seleção dos monitores.

Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.

Bloqueios na Justiça

Gestão Tarcísio de Freitas previa a conversão de pelo menos 45 escolas na 1ª fase — Foto: Divulgação/GESP

Prometido por Tarcísio para este ano letivo, o Programa Escola Cívico-Militar previa a conversão de pelo menos 45 escolas na primeira fase, mas foi barrado temporariamente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidisse sobre a questão.

No fim do ano passado, o STF realizou uma audiência pública para ouvir mais de 30 educadores, juristas, parlamentares, autoridades e representantes de órgãos públicos e de entidades da sociedade civil.

O objetivo foi colher informações técnicas para subsidiar o julgamento, que será remetido para análise do plenário, já que o ministro-relator Gilmar Mendes definiu que a pauta tinha relevância e que não tomaria decisão de forma monocrática.

Em 2024, a constitucionalidade do programa foi questionada. Em junho, o Ministério Público Federal classificou o modelo de ensino como “inconstitucional” por não encontrar amparo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Advocacia Geral da Uniao (AGU) também foi contrária ao projeto.

Já o governador de São Paulo defendeu o programa alegando ao Supremo que o serviço militar obrigatório fornece treinamento apropriado para “confronto bélico”, enquanto as escolas cívico-militares visam a educação dos alunos, “sob direção pedagógica dos mesmos profissionais da educação que atuam nas demais escolas estaduais”.

No fim de novembro, o ministro Gilmar Mendes derrubou a decisão do Tribunal de Justiça de SP e autorizou que o governo paulista desse andamento ao programa.

Fonte:G1

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