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Dia Internacional da Cerveja: veja curiosidades sobre a bebida

O assunto de hoje é uma das paixões nacionais que tem tudo a ver com o clima do último dia útil da semana. Neste Dia Internacional da Cerveja, comemorado na primeira sexta-feira de agosto, veja curiosidades sobre a bebida.

Quando é o Dia Internacional da Cerveja?

O Dia Internacional da Cerveja é celebrado sempre na primeira sexta-feira de agosto. Em 2025, a data será comemorada no dia 1° de agosto.

A celebração foi criada nos Estados Unidos, em 2007, em um bar da cidade de Santa Cruz, na Califórnia, pelo cervejeiro Jesse Avshalomov e um grupo de amigos.

A data visa celebrar os produtores, consumidores e garçons, personagens principais quando o assunto é tomar uma cerveja gelada.

Existe copo certo para beber cerveja?

No Brasil, o copo americano é o predileto para servir a bebida. Criado em 1940 pela fábrica brasileira Nadir Figueiredo, recebeu esse nome por ser fabricado com máquinas que vieram dos Estados Unidos.

No entanto, Leonardo Lima, CEO do BEC Bar, especializado em cervejas artesanais, explica que cada tipo de cerveja pede um tipo de copo.

“Existem diversos tipos de copos, os mais diferentes são os da cerveja de trigo (lembra uma taça da Copa do Mundo). Cervejas mais alcoólicas e de guarda, requerem taças bem parecidas com taças de conhaque/brandys e cervejas dos estilos mais populares (ipa, lagers, stouts) podem ser servidas em pints (copos de 473 ml)”, explica.

Quantas cervejarias existem no Brasil?

De acordo com o Anuário da Cerveja, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o país tem 1.847 cervejarias registradas. São Paulo é o Estado com mais produtores da bebida, com 410 unidades de produção.

O número de estabelecimentos registrados em 2023 apresentou um crescimento de 6,8% em comparação ao ano anterior, com o aumento de 118 cervejarias registradas, sendo, em números absolutos, o oitavo maior aumento da série histórica.

Ainda segundo o anuário, o país tem pelo menos uma cervejaria registrada em 13,8% dos municípios brasileiros. O número é equivalente a uma unidade para cada 109.952 habitantes.

Somadas, essas cervejarias têm uma produção anual estimada superior a 15 bilhões de litros.

Qual país mais bebe cerveja?

De acordo com um relatório da Kirin Holdings Company, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores consumidores de cerveja, com 14.550 quilolitros – um quilolitro é igual a mil litros. Em média, cada brasileiro consome 69,3 litros por ano, sendo o 25° país que mais bebe por pessoa. O Brasil responde por aproximadamente 7,8% do consumo global do mercado.

Veja o ranking dos 10 maiores consumidores per capita

  1. República Tcheca – 188,5 litros
  2. Áustria – 101,2 litros
  3. Polônia – 99,6 litros
  4. Irlanda – 99,3 litros
  5. Lituânia – 97,6 litros
  6. Espanha – 95,1 litros
  7. Alemanha – 93,3 litros
  8. Estônia – 93,1 litros
  9. Romênia – 91,6 litros
  10. Namíbia – 90,8 litros

Qual o processo de criação de uma cerveja?

Existem diferentes tipos de cerveja, uma para cada gosto: a pilsen, por exemplo, é mais leve, enquanto a Lager, mais popular no Brasil, é menos fermentada.

Segundo Leonardo Lima, os processos são parecidos para a produção de todas “Todas elas passam pelo cozimento do mosto, da filtragem desse mosto sai o líquido com os açúcares ‘quebrados’ no cozimento para a adição da levedura que irá fermentar o mesmo. Os lúpulos de amargor são adicionados no cozimento (ricos em alfa ácidos) e os lúpulos de aroma (ricos em óleos essenciais) são adicionados durante a maturação da cerveja, parte fria do processo em que ocorre a carbonatação e finalização do processo”, diz.

Cerveja é agro

A jornada da cerveja começa no campo, com a produção e malteação da cevada. O Brasil vem expandindo o cultivo do grão, com destaque para a região Sul, especialmente o Paraná, que é responsável por mais de 70% da produção brasileira, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja.

De acordo com um estudo feito pela Embrapa, o Brasil ocupa a 16ª posição entre os produtores mundiais da cevada, com média de 300 mil toneladas por ano na última década.

Outro ingrediente essencial para a cerveja é o lúpulo, que é, principalmente, importado pelas cervejarias. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo apontou que anualmente o Brasil importou 3.600 toneladas do ingrediente. Segundo a Associação, o país produziu 88 toneladas de lúpulo em 2023. O volume representa um aumento de 203% em comparação ao ano anterior.

Quando a cerveja foi inventada?

É difícil precisar uma data para a invenção da cerveja e de outras bebidas alcoólicas, uma vez suas receitas estão associadas com a descoberta dos processos de fermentação. É estimado por historiadores que há cerca de 10 mil anos, o homem descobriu, por acaso, o processo de fermentação.

Há evidências de que a prática da cervejaria teve início na região da Mesopotâmia, lar das primeiras civilizações, onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente.

Documentos históricos mostram que, em 2100 a.C., os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais. Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas “casas de cerveja”, mantida por mulheres.

Os egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária. A cerveja produzida naquela época era bem diferente da de hoje em dia. Era escura, forte e muitas vezes substituía a água, sujeita a todos os tipos de contaminação, causando diversas doenças à população. Mas a base do produto, a cevada fermentada, era a mesma.

Qual a origem do nome cerveja?

Depois de sua criação, a bebida que conhecemos hoje como cerveja se disseminou pelas civilizações. A expansão definitiva da cerveja aconteceu com o Império Romano, que se encarregou de levá-la para todos os cantos onde ainda não era conhecida. É atribuído ao líder Júlio César a introdução de cerveja entre os britânicos, pois quando ele chegou à Britânia, o povo bebia apenas leite e licor de mel e à Gália (atual França).

E foi aí que a bebida definitivamente ganhou seu nome latino. Os gauleses denominavam essa bebida de cevada fermentada de “cerevisia” ou “cervisia”, em homenagem a Ceres, divindade da agricultura e da fertilidade.

A fé e a cerveja

A bebida também cruzou seus caminhos em alguns momentos com religiões. Originário da Áustria e nascido em 580, Santo Arnulfo Metz é venerado entre os fiéis da Igreja Católica como o padroeiro dos cervejeiros. Segundo a tradição, ele encorajou os fiéis a consumirem cerveja para se protegerem de uma praga que contaminava as fontes de água com germes, uma vez que o processo de fabricação da cerveja eliminava esses intrusos.

A força da fé também foi responsável por uma das diversas modificações ao decorrer da história da bebida. Durante a Idade Média, a produção do destilado fazia parte da alimentação das famílias, devido ao seu valor nutricional semelhante aos de pães. Como a Igreja era detentora do conhecimento, os mosteiros católicos ficaram responsáveis por tornar as cervejas mais agradáveis. Assim, eles aperfeiçoaram as receitas, incorporando aos ingredientes o lúpulo e a aromatização com ervas.

Invenções criadas graças à bebida

Seria difícil imaginar o mundo de hoje sem o advento da cerveja. Isso porque o produto foi responsável por algumas criações essenciais para o mundo moderno. James Prescott Joule era filho de um rico cervejeiro de Manchester, na Inglaterra.

Foi quando ele ingressou na gestão da empresa da família no início dos anos 1820 que iniciou uma pesquisa intensiva sobre as vantagens econômicas de substituir as máquinas a vapor da cervejaria pelo recém-inventado motor elétrico.

Isso levou a uma carreira de pesquisas sobre a natureza da energia e do calor e ao desenvolvimento de termômetros capazes de medir temperaturas com precisão de 1/20 de grau, dando o pontapé inicial aos estudos da termodinâmica.

Anos depois, em 1894, com base nos estudos de Joule, que Carl von Linde, a pedido da renomada cervejaria Guinness, desenvolveu um revolucionário método de arrefecimento para a liquefação de grandes quantidades de ar, a invenção é tida como uma das pioneiras da geladeira.

Dilúvio de cerveja

O evento conhecido como Dilúvio de cerveja de Londres aconteceu em 1814, na capital britânica. Na cervejaria The Meux , um enorme tonel contendo mais de 610 mil litros do alcóolico rompeu, causando a ruptura de outras cubas no mesmo edifício, que sucumbiram em um efeito dominó.

Como resultado, mais de 1,47 milhão de litros de cerveja estouraram e jorraram pelas ruas londrinas. A onda causada destruiu duas casas e desmoronou o muro de um pub, matando uma adolescente sob os escombros.

A cervejaria estava localizada entre casas pobres e cortiços, onde famílias inteiras viviam em quartos em porões, que rapidamente ficaram cheios de cerveja. Oito pessoas morreram afogadas na enchente.

Fonte: Jacidade

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