Na Assembleia, Bruna chegará em novo momento do PSDB e bancada mais feminina
Partido tem mescla de caciques e políticas da Grande SP
Eleita deputada estadual, Bruna Furlan (PSDB) chegará a uma Alesp (Assembleia Legislativa) onde o PSDB terá um novo papel e uma bancada mais feminina. A barueriense encerra o terceiro mandato na Câmara dos Deputados e conquistou uma votação recorde na disputa pelo parlamento estadual.
A posse será em março em um novo momento para o PSDB. Após 30 anos de governos tucano à frente da gestão estadual, o partido perdeu o comando do Palácio dos Bandeirantes, que terá como novo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A vitória de Tarcísio vai influenciar na Alesp, que hoje também é comandada pelo PSDB, com Carlão Pignatari, que pode tentar a reeleição, apesar do cenário mais enfraquecido da legenda.
Membros da base do futuro governador buscam eleger um nome da coligação, um parlamentar que seja do PL ou do Republicanos. No caso do PSDB, a sigla terá de conseguir apoio de outros partidos de centro e da esquerda para fazer frente.
Antes da eleição, a sigla de Bruna se uniu em uma federação com o Cidadania e fez 11 deputados estaduais, abaixo de siglas como o PL e o PT. Com isso, o PSDB ficará colocado ao centro e ainda definirá como será a atuação na nova gestão – se irá para a base aliada ou se colocará como independente.
Novo cenário
Nesse cenário, Bruna terá papel decisivo sobre os rumos da legenda, dado o fato de ter sido a mais votada do PSDB, com quase 200 mil votos, e segunda mais votada da federação PSDB-Cidadania, atrás apenas de Ana Carolina Serra (Cidadania).
Entre os colegas da coligação de Bruna, há uma outra característica: uma bancada mais feminina. Dos 11 parlamentares da federação, cinco são mulheres, e boa parte de cidades da Grande São Paulo.
A barueriense terá ao seu lado a própria Ana Carolina, que é primeira-dama de Santo André e eleita para o primeiro mandato; Carla Morando (PSDB), primeira- -dama de São Bernardo do Campo e que já vai para a segunda legislatura; Analice Fernandes (PSDB), ex- -primeira-dama de Taboão da Serra e no terceiro mandato; além de Maria Lucia Amary (PSDB), política que vai para o sexto mandato.
Além delas, a disputa pela liderança da sigla se dará com velhos caciques, como Barros Munhoz (PSDB) e o próprio Carlão Pignatari (PSDB), atual presidente da Alesp.
Fonte: Folha de Alphaville