Política

“Pura fumaça”, diz Mourão sobre gastos de R$ 1,8 bilhão com comida

Após reportagem do Metrópoles mostrar os gastos do governo federal com comida, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que os custos estavam “previstos para desembolso” e disse que não passam de “pura fumaça”.

“Pura fumaça. Todos esses gastos são gastos orçamentários, previstos aí, alguns com despesa obrigatória, outros com despesa discricionária, e que foram efetuados dentro do que estava previsto para desembolso do orçamento do ano passado. Se pegar o que foi gasto em anos passados, estará mais ou menos no mesmo patamar, então, isso faz parte da pressão que está sendo feita em cima do nosso governo”, declarou.

O vice também comentou o aumento de 20% nos gastos do ano passado, em comparação com 2019. “Vamos lembrar que, no ano passado, na Operação Verde Brasil 2, grande parte do gasto da operação foi em alimentação, foi em crédito extraordinário. Combate à Covid-19 também: crédito extraordinário. Então, talvez aí estejam os 20%”, explicou.

Mourão assegurou que os tribunais de Contas têm pleno conhecimento das despesas do governo. “A Controladoria-Geral da União (CGU) e os tribunais de Contas acompanham esses gastos o tempo todo”, completou.

Painel de compras

Levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mostrou que, no último ano, todos os órgãos do Executivo federal pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação a 2019. Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão pagos.

Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, no “carrinho” estiveram incluídos biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado — que, associado ao pão, é uma das comidas favoritas do presidente — , geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.

O gasto superior a R$ 15 milhões em leite condensado se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter na terça-feira. O valor equivale a 7,2 mil latas por dia, ao custo de R$ 162 cada uma. O caso gerou revolta nas redes sociais.

Fonte: Metrópoles

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