Política

Tarcísio avisou Lula que não disputaria paternidade de túnel

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avisou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no encontro entre ambos no dia 12 de fevereiro que não disputaria a paternidade política do túnel entre Santos e Guarujá, cujo edital ambos lançam conjuntamente nesta quinta-feira (27).

No encontro, como mostrou a CNNficou acertado que o edital seria lançado no final de fevereiro.

Mas o governador também tratou de deixar claro que não tinha nenhuma preferência quanto à organização do evento desta quinta-feira e que os anúncios do evento, dos termos do edital e até a ordem dos discursos poderiam ser determinados por Brasília.

A ideia era deixar claro que a preferência de Tarcísio era que a obra saísse independentemente de quem fosse considerado o seu padrinho político.

Tarcísio, relatam aliados, defende o túnel desde quando era ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL). Na época enfrentou resistência do então governador, João Doria, que defendia uma ponte em vez do túnel.

Eleito governador, decidiu fazer o túnel, mas a resistência passou a ser outra. O governo federal barrou o processo de privatização do porto, que teria como contrapartida o túnel e houve um movimento do entorno de Lula para que a obra fosse tocada apenas por Brasília.

França tem base eleitoral na Baixada Santista e um aliado dele, Anderson Pomini, comanda a gestão portuária federal do porto de Santos.

Segundo seus próprios interlocutores, França não queria ver o governador lançar uma obra desse porte em seu reduto, já que mantém pretensões de se candidatar novamente ao Bandeirantes.

Já Rui Costa é responsável pelo PAC e queria incluir a obra no programa. Conseguiu. O túnel é a maior obra do PAC. A CNN procurou Márcio França, mas ele não se manifestou.

Assim, construção política que permitiu o seu desenho institucional final, com União e estado operando juntos, foi possível a partir de negociações políticas encampadas pelo governador não só com o Palácio do Planalto, mas também com o Tribunal de Contas da União, (TCU) que avalizou na quarta-feira (26) a tarde o formato.

Fonte:Cnn Brasil

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