Saúde

Burnout e o assédio nas relações de trabalho.

Por Alexsandro Marins Moraes

O termo “Burnout” em relação ao assédio no ambiente de trabalho pode se referir ao
conceito de “assédio moral”, que é uma prática de violência psicológica que pode ocorrer no
contexto laboral. O assédio moral envolve comportamentos hostis e repetidos que visam
desestabilizar emocionalmente a vítima, podendo levar a consequências jurídicas e
psicológicas significativas.
O assédio moral no ambiente de trabalho é uma questão séria, com repercussões jurídicas
e psicológicas profundas. É fundamental que as empresas tenham políticas claras de
prevenção e combate ao assédio, promovendo um ambiente de trabalho saudável e
respeitoso.
Os trabalhadores que se sentirem vítimas de assédio devem ser encorajados a denunciar a
situação e buscar apoio, tanto jurídico quanto psicológico, para lidar com as consequências
dessa prática prejudicial e covarde em ambiente laboral.
Consequências Jurídicas do Assédio Moral
Responsabilidade Civil.
A empresa pode ser responsabilizada civilmente por danos morais e materiais causados ao
trabalhador. Isso pode resultar em indenizações significativas a serem pagas pela empresa
em decorrência do assédio.
Ações Judiciais.
O trabalhador vítima de assédio pode entrar com medidas judiciais contra o agressor e a
empresa, buscando reparação pelos danos sofridos. Essa ação pode ser fundamentada em
violação de direitos trabalhistas e de dignidade.
Processos Administrativos:
As empresas são obrigadas a investigar denúncias de assédio moral e podem ser sujeitas a
processos administrativos que resultem em penalizações, como multas ou outras sanções.
Medidas de Proteção
O trabalhador assediado pode solicitar medidas protetivas, como a mudança de setor ou a
suspensão do agressor, dependendo da gravidade do assédio, independentemente do
Registro em Órgãos Competentes.
Devendo as denúncias podem ser registradas em órgãos como o Ministério do Trabalho e
Emprego e, em alguns casos, em Conselhos Regionais de Psicologia, que podem tomar
medidas para investigar e punir práticas de assédio contra o assediador ou assediadores.

Consequências Psicológicas do Assédio Moral.

O Burnout gera estresse e ansiedade.
O assédio moral pode levar a altos níveis de estresse e ansiedade, afetando a saúde
mental da vítima e sua capacidade de trabalhar de forma eficaz, podendo desencadear a
depressão face da persistência do assédio pode resultar em quadros depressivos, com
impactos significativos na vida pessoal e profissional da vítima.
Síndrome de Burnout.
O ambiente de trabalho hostil pode contribuir para o desenvolvimento da Síndrome de
Burnout, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização
pessoal, tendo como consequências:
Baixa Autoestima.
O assédio moral pode minar a autoestima e a autoconfiança da vítima, levando a
sentimentos de inadequação e impotência.
Problemas Físicos.
As consequências psicológicas do assédio moral podem se manifestar fisicamente,
resultando em dores, problemas gastrointestinais e outros sintomas psicossomáticos.
Impacto nas Relações Pessoais.
O assédio pode afetar as relações pessoais da vítima, gerando isolamento social e
dificuldades de interação com colegas e amigos.
Podemos presumir que cabe aos responsáveis pelo local de trabalho tentar diminuir a
existência de situações de assédio em ambiente de trabalho para que seja minorado a
atuação dos assediadores (desde que esses não sejam os próprios). A única coisa que o
local de trabalho deve obter do trabalhador é suas horas de permanência e trabalho focado
em suas competências. Denunciem!!!.

Alexsandro Marins Moraes
Advogado Sênior da MM LAWYERS
Grupo Jurídico.
Advogado, Mestre e Especialista em Direito Constitucional, possuindo diversos cursos em Direito Público e Penal.


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