Médica do gabinete de crise contra Covid-19 defende uso de hidroxicloroquina no começo da doença
Chamada para assessorar o comitê de crise do governo federal contra a pandemia de coronavírus no Brasil, a imunologista Nise Hitomi Yamaguchi defende o uso dahidroxicloroquina e da azitromicinaem pacientes até o segundo dia da infecção sintomática pela Covid-19 . Ao GLOBO, ela afirmou nesta terça-feira que já há evidências científicas de que o “tratamento precoce” aumenta a chance de cura e impede internações, já que a reversão do quadro de insuficiência respiratória a partir da fase de inflamação se torna mais difícil.
“Por que não podemos adotar já? Estou trabalhando com os médicos para criar esta consciência”, afirmou Nise, por mensagens de texto. Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro divulgou em redes sociais uma notícia sobre a defesa da medida por parte de médicos.
Médica do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ela almoçou na segunda-feira com o Bolsonaro, o deputado federal Osmar Terra (MDB-MS) e os quatro ministros que despacham na sede da Presidência, Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), no Palácio do Planalto. À noite, reuniu-se rapidamente com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para discutir o tratamento com a hidroxicloroquina, vista com reticência pelo titular da pasta. Na ocasião, ele se recusou a assinar um decreto que determinaria o uso da substância para debelar a Covid-19. Até o momento, a medicação é autorizada apenas para pacientes graves, desde que sob orientação médica.