Sem categoria

Oficinas de máscaras dos Caps de Barueri garantem proteção a usuários dos serviços

“Máscara do Bem”: esse é o nome do projeto que deu origem às oficinas de máscaras que estão em plena atividade dentro dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps) de Barueri, ligados à Secretaria de Saúde.

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus e, posteriormente, as orientações da Anvisa sobre a importância do uso de máscaras faciais, a ideia tomou forma e hoje está a todo vapor. A produção está ocorrendo nos três Caps: Infantojuvenil, Adulto e Álcool e Drogas.

As máscaras têm sido distribuídas para os usuários dos serviços e seus familiares. Embora as atividades em grupo tenham sido suspensas por conta da pandemia, os atendimentos individuais de urgência continuam, bem como algumas visitas domiciliares, oportunidades nas quais as máscaras são entregues.

Os materiais necessários para a confecção das máscaras provêm de outras oficinas que estão paradas no momento, além da doação dos próprios funcionários e da Secretaria de Saúde. Toda a equipe se envolve de alguma forma: no recorte, na costura, na higienização, na embalagem ou nos folhetos de orientação de como usar e lavar as máscaras, dentre outros detalhes do processo.

Agregando ludicidade
No Caps Infantojuvenil a equipe tem buscado formas de deixar as máscaras mais atraentes para as crianças, especialmente as que se queixam do uso, tornando o processo mais lúdico e divertido. “Nos deparamos com a dificuldade de alguns usuários não conseguirem usar as máscaras. A equipe tem pesquisado propostas que deixem as máscaras mais coloridas e atraentes para incentivar o uso desta proteção pelas crianças”, explica a gestora da unidade, Virgínia Torrecillas Ulhoa. 

“Em tempos de pandemia e quarentena o cuidado dos Caps aos seus usuários e famílias se diversifica, mas ainda mantém como bússola os mesmos princípios aqui citados”, reforça Virgínia, que lembra também do Dia da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. “Data cara para quem trabalha na Saúde Mental por reafirmarmos com ela nosso posicionamento a favor de um cuidado humanizado, inclusivo e respeitoso àqueles que convivem com algum tipo de sofrimento psíquico”, afirma.

Rede solidária
No Caps Adulto a produção também é intensa e existe até mesmo um tipo de linha de montagem na qual a doação de tempo e conhecimento é a matéria-prima principal. “Aproveitamos o conhecimento de cada um para acionar uma rede de solidariedade e cuidado uns com os outros no enfrentamento desta pandemia. Temos o cuidado de entregar estas máscaras higienizadas, os próprios trabalhadores têm levado as máscaras para lavagem em casa, depois elas são passadas no Caps e seladas antes de serem armazenadas num envelope de papel, também produzido aqui pelos funcionários, contendo as instruções de uso e limpeza do produto”, descreve Regina Oliveira Montilha, responsável pelo Caps Adulto.

Cuidar de si e do outro
No Caps Álcool e Drogas a oficina de customização, temporariamente suspensa, deu lugar à oficina de máscaras, que também tem servido como instrumento terapêutico junto aos usuários em Acolhimento Noturno. Mas a produção foi além e tem chegado também às pessoas em situação de rua do município.

“Já na segunda quinzena de março as coordenadoras da oficina apresentaram o desejo de ofertar algum tipo de cuidado também para as pessoas que vivem ou se encontram nas ruas. E assim começaram a produção de máscaras junto aos usuários. Mas também foram ofertando máscaras para os trabalhadores do serviço, para os usuários que seguiam frequentando o Caps de forma mais intensiva, além dos que estavam em Acolhimento Noturno começarem a produzir para si e para suas famílias – antes mesmo de ser obrigatório o uso das máscaras”, conta a gestora da unidade, Káthya Bertolini.

A estratégia foi pensada junto à equipe do Consultório na Rua e atualmente as máscaras produzidas têm atendido tanto esse público quanto aos usuários que chegam sem a proteção facial. “As coordenadoras da oficina contam o quão terapêutico tem sido para os usuários envolvidos quanto para elas próprias este processo do fazer, bem como a possibilidade de ampliar a oferta do cuidado, mesmo em tempos de distanciamento social”, relata Káthya.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×